Jovem morre ao cair de ônibus em movimento

Foto: Reprodução/Câmera de segurança/RICtv

A família da jovem Karoline Vitorio Lepping, de 21 anos, que morreu dois dias após cair do ônibus em que voltava do trabalho, em Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba, cobra explicações sobre o caso. De acordo com a mãe e a irmã da jovem, testemunhas apresentaram informações conflitantes sobre o que teria acontecido dentro do veículo antes da queda. Uma câmera de segurança registrou o momento do acidente, mas as imagens, que mostram a jovem e o namorado já caídos na calçada, não esclarecem o que ocorreu.

O caso aconteceu na última terça-feira (4), no final da tarde, quando Karoline e o namorado voltavam de um dia de trabalho na colheita de batatas. Ela foi socorrida pelos bombeiros e encaminhada para o Hospital do Trabalhador, em Curitiba, onde faleceu na última quinta-feira (6).

De acordo com testemunhas, a jovem teria discutido com outra mulher e afirmou várias vezes que queria sair do ônibus, tendo até pedido que o motorista parasse para que ela fosse embora.

Família não acredita que jovem tenha se atirado do ônibus

A partir daí os relatos se tornam contraditórios, já que algumas pessoas afirmam que a jovem aproveitou que a porta do veículo estava aberta e se atirou, enquanto outras falam que ela foi empurrada pela mulher com quem discutia.

“Então é aquela contradição. Tem gente que fala que ela foi empurrada e tem gente que fala que ela se jogou do ônibus. Mas nunca que ela ia fazer isso”, afirma Daniela Fabrícia Vitorio, mãe da jovem à RICtv.

E nem mesmo o relato do namorado da jovem, que também caiu do ônibus ao tentar segurá-la, mas sofreu apenas ferimentos leves, esclareceu a situação para os familiares de Karoline.

“Ele fala tantas coisas que a gente nem sabe o que ele diz na verdade. Porque ele estava nervoso, ele chorou bastante também. Ele fala que ela tava brigando com uma moça dentro do ônibus e ela pediu várias vezes para parar o ônibus porque ela queria descer. e essa moça falava que não ia parar o ônibus. Mas ela estava tentando evitar a discussão. Então ele [o namorado] fala que ela se jogou, mas a gente não acredita nessa versão. E daí ele fala outra hora que não sabe se ela se jogou ou se foi empurrada, que ele não viu porque estava tentando segurar ela. Então ele se contradiz nas versões dele”, complementa Elizabeth Monte Ferrante, tia de Karoline.

Karoline deixou duas filhas pequenas, uma com um ano e cinco meses e outra com apenas cinco meses de vida.

“Eu espero justiça né, porque uma hora as minhas netas vão crescer e vão ter que saber o que realmente aconteceu. Não quero que fique como suicídio porque não foi o que aconteceu. Porque ela foi trabalhar por causa das meninas”, destaca a mãe da jovem. “Não pode ficar assim, porque a gente não acredita que ela se jogou”, complementa a tia.

Para piorar essa busca por uma resposta, a família sofre com a falta de informações sobre os responsáveis pelo ônibus em que a jovem estava. Apesar de estar identificado como um ônibus escolar, ele transportava trabalhadores rurais no dia do acidente. Sem conhecimento sobre o proprietário ou o motorista do veículo, os familiares não conseguem esclarecer algumas dúvidas, como o motivo para que o ônibus circulasse com a porta aberta.

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) afirmou, por meio de nota, que o caso segue sendo investigado.

Nesta nota, a polícia diz que investiga as circunstâncias desse incidente e que, conforme o que foi apurado, a vítima teria manifestado a intenção de pular do ônibus em movimento após uma discussão. Em seguida, ao tentar descer, sofreu uma queda grave. A nota afirma ainda que o companheiro da vítima também caiu do veículo ao tentar segurá-la. Além disso, a PCPR afirma que segue realizando oitivas para determinar se houve eventual responsabilidade criminal dos envolvidos e para esclarecer os fatos

Fonte: RICtv