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A bacia leiteira do sudoeste, a maior do Paraná em produção, com 1,8 bilhão de litros de leite por ano, registrou mais um marco histórico nesta quarta-feira, 26/02, com o lançamento da etapa 2 do programa Leite Sudoeste, na Associação dos Municípios do Sudoeste do Paraná (Amsop), em uma reunião conjunta com as Comissões de Agricultura e Meio Ambiente da Amsop, Associação dos Secretários Municipais da Agricultura do Sudoeste (Assema), secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) e IDR-Paraná. 

“Nós temos dois grandes desafios, primeiro, a sanidade do nosso rebanho com relação a doenças como brucelose e tuberculose. E, também, aumentar a nossa produtividade, pois, com a instalação da Piracanjuba, em São Jorge D’Oeste, e da Sooro, em Francisco Beltrão, vai ser demandada mais matéria-prima”, assinalou o presidente da Amsop e prefeito de São João, Clóvis Cuccolotto.

Ainda segundo o presidente Clóvis, os próximos passos do programa Leite Sudoeste etapa 2 serão ações conjuntas entre os municípios da região e governo do Estado, através de um cronograma, para alcançar o objetivo de tornar a região a primeira área livre de brucelose e tuberculose no Paraná.

O programa Leite Sudoeste foi lançado pela Amsop, em 2011, e, desde então, garantiu capacitação aos produtores e técnicos e aumento na produtividade.

“Nós temos muitas agroindústrias aqui na região, além das grandes indústrias que estão se instalando. E, essa nova etapa do Leite Sudoeste poderá trazer excelentes resultados e ser referência, não só no Paraná, mas também no Brasil”, declarou a chefe do núcleo da Seab de Pato Branco, Leunira Viganó Tesser.

De acordo com a Adapar, o sudoeste registrou, em 2024, 22 focos de brucelose, que levaram ao sacrifício de 56 animais. Já de tuberculose, foram 36 focos e 258 animais abatidos.

Duas palestras também integraram a programação do evento. A primeira, sobre manejo e conservação do solo no sudoeste, ministrada pelo professor Carlos Alberto Casali, da UTFPR de Dois Vizinhos, abordou os aspectos do solo e do clima para a produção de leite na região.

Conforme o professor, o solo do sudoeste possui características bastante diversificadas, sendo mais rochoso na região de Palmas, a 1.300 metros de altitude, até se transformar em um solo de terra vermelha, na região de Capanema, a apenas 300 metros acima do nível do mar. A região, ainda, é a mais chuvosa do Paraná, com uma média de 2 mil milímetros por ano.

Já a palestra sobre o diagnóstico da cadeia leiteira do sudoeste, ministrada pelo coordenador estadual do programa de bovinocultura de leite do IDR-Paraná, Rafael Piovezan, “nós temos muitos pequenos e médios produtores e precisamos, a partir deste diagnóstico, criar políticas públicas do Estado para atender a esses produtores conforme as necessidades de cada um, seja para a sucessão familiar ou aumentar a produção”.

Para o presidente da Assema, José Carlos Ventura Junior, a pecuária leiteira é “uma fonte de renda para todos os municípios e, então, estamos elaborando um plano de ação, inserido no Leite Sudoeste 2, com a participação de todos os secretários de agricultura da região”.

Na mesa de honra, o presidente da Amsop e prefeito de São João, Clóvis Cuccolotto, presidente da Assema, José Carlos Ventura Junior, vice-prefeito de Vitorino, Edimilson Mussatto – que representou o presidente da Comissão de Agricultura da Amsop e prefeito de Vitorino, Marciano Vottri –, os chefes dos núcleos da Seab, Claudimar De Carli (Francisco Beltrão), Leunira Tesser Viganó (Pato Branco) e Adão dos Santos (Dois Vizinhos), gerentes regionais do IDR-Paraná, Ericson Marx (Francisco Beltrão), Cleacir Dallagnol (Pato Branco) e Arnildo Sganzerla (Dois Vizinhos), gerentes regionais da Adapar, Pedro Tondo (Pato Branco) e Leila Matzenbacher (Dois Vizinhos) e o gerente estadual de projetos do IDR-Paraná, Hernani da Silva.