Secretaria de Política Econômica estima inflação em 5% para 2025 com tendência de queda no segundo semestre

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A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda revisou para cima a projeção da inflação em 2025: a variação do indicador passou de 4,9% para 5% — valor bem acima do teto da meta, que é de 4,50%. 
Dessa forma, o governo federal confirma que a meta de inflação (entenda abaixo) será descumprida novamente neste ano.

Os dados sobre o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fazem parte do Boletim Macrofiscal de maio, divulgado pela Secretaria de Política Econômica (SPE), do Ministério da Fazenda, nesta segunda-feira (19/5).

O Macrofiscal é um relatório bimestral responsável por divulgar as projeções de curto e médio prazo para os indicadores de atividade econômica e de inflação, utilizados no processo orçamentário da União.

“Apesar da contribuição do cenário externo para a inflação doméstica ser negativa no curto prazo, vetores como o aumento marginal no ritmo de crescimento observado no primeiro trimestre e maior defasagem do repasse da apreciação cambial aos preços em cenário de aumento da volatilidade levaram a pequeno avanço nas estimativas de inflação”, explicou o relatório.

O secretário de Política Econômica, Guilherme Mello, explicou que o chamado “tarifaço” imposto pelo governo de Donald Trump pode ser “positivo” para a redução da inflação nas nações da América Latina.

“Para os países da América Latina, incluindo o Brasil, entendemos que a imposição dessas tarifas [dos Estados Unidos e retalição da China] pode até ter algum efeito positivo, do ponto de vista da redução da inflação”, ponderou.

No caso da inflação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) — que serve de referência para o reajuste do salário mínimo e de benefícios sociais —, a SPE aumentou a projeção deste ano. O valor do índice passou de 4,8% para 4,9%.

Fonte METROPOLES