Zootecnista Edmar Peluso orienta pecuarista de Goiás sobre como manter o desempenho dos animais ao migrar para a silagem na terminação intensiva a pasto
Na reta final da TIP – Terminação Intensiva em Regime de Pastagem, quando o capim começa a escassear, surge uma dúvida comum entre os confinadores: a silagem de milho pode substituir o pasto? A resposta é sim, mas com planejamento e manejo ajustado.
Quem responde é o zootecnista Edmar Peluso, conhecido como o “Gerente do Pasto” do quadro técnico do Giro do Boi. O alerta veio após a dúvida do pecuarista Antonio Cortez, da Fazenda Taquari, em Uirapuru (GO), que atua com TIP e quer manter o ritmo de engorda mesmo com a ausência de pastagem. Segundo ele, suas fêmeas estão com 11 arrobas e os machos com 14, e a alimentação atual é feita com silagem e ração na proporção de 1,5% do peso vivo.
Segundo Edmar, substituir o pasto pela silagem de milho é possível e eficaz, mas exige atenção a alguns pontos técnicos:
Espaço de cocho: ao introduzir silagem, o volume da dieta aumenta. É preciso ampliar o espaço de cocho — as tradicionais “bandas azuis” podem não ser suficientes.
Água limpa sempre: bebedouros devem ser limpos 2 a 3 vezes por semana. Isso ajuda no consumo e no desempenho dos animais.
Mistura bem feita: a silagem precisa ser bem misturada à ração para evitar que o gado selecione o alimento.
Leitura de cocho: a prática deve ser diária. Se sobrar comida, reduza. Se o cocho estiver sempre limpo, aumente 5% da dieta no dia seguinte.
Quantidade de silagem por animal
Peluso sugere iniciar o fornecimento com 60% da meta final de silagem, observando a adaptação dos animais. A meta é atingir:
Machos: 10 a 12 kg de silagem por dia
Fêmeas: 8 a 10 kg por dia
(Valores variam de acordo com a matéria seca da silagem)
A orientação é começar com 6 kg para machos e 5 kg para fêmeas, aumentando gradativamente conforme o consumo.
Fonte CANAL RURAL
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