Líder de ocupação será indiciado por associação criminosa armada, corrupção de menores, invasão de domicílio e esbulho possessório

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A Polícia Civil vai indiciar o responsável pela invasão na fazenda São Jorge entre os municípios de Quedas do Iguaçu e Espigão Alto do Iguaçu (PR). O homem vai responder por associação criminosa armada, corrupção de menores, invasão de domicílio e esbulho possessório.

Cerca de 300 pessoas invadiram a casa da família que morava na sede da propriedade. As vítimas sofreram ameaças com armas de fogo e agressões físicas durante a ação.

De acordo com a Polícia Civil, o líder da ocupação era monitorado e possui histórico criminal. Ele foi preso em flagrante em 2024 por esbulho possessório e associação criminosa, atuando no aliciamento de adolescentes, famílias com crianças e pessoas em situação de vulnerabilidade para participar das invasões.

A Polícia Civil vai representar pela prisão preventiva do investigado. As forças de segurança seguem mobilizadas na região para evitar novas invasões e garantir a segurança dos moradores.

Mais de 100 policiais de seis cidades

A Polícia Militar mobilizou 115 agentes e contou com o apoio de batalhões de seis cidades para intermediar a desocupação da propriedade. A ação contou com reforço de unidades de Assis Chateaubriand, Cascavel, Francisco Beltrão, Foz do Iguaçu, Pato Branco e Toledo, além da Polícia Civil.

A Secretaria de Segurança Pública do Paraná (SESP) informou, em nota, que acompanha o caso. "As forças de segurança seguem com diligências para apurar os fatos e garantir a tranquilidade na região".

Os invasores

Os invasores se identificaram como integrantes da Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL), que se apresenta como um movimento social em defesa da reforma agrária e urbana.

Ao Catve.com, o coordenador regional do Movimento Sem Terra (MST), Jonas Fures, nega qualquer envolvimento da organização com o caso. "O foco do MST nesse período é regularizar as áreas já ocupadas, visto que todos os pré-assentamentos na região já têm processo de regularização tramitando no Incra".

A reportagem entrou em contato com a assessoria do FNL, mas ainda não obteve retorno.


Fonte: Catve