Três suspeitos são presos por envolvimento no assassinato do advogado Luiz Fernando Pacheco em SP

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Os três presos por suspeita de envolvimento na morte do advogado fundador do Prerrogativas Luiz Fernando Pacheco, em Higienópolis, no centro de São Paulo, são dois homens, de 23 e 27 anos, e uma mulher de 45. Eles foram localizados por policiais do 4º Distrito Policial da capital, com ajuda de imagens de câmeras de segurança.

Nas filmagens, é possível ver o advogado em luta corporal com dois dos suspeitos antes de cair desacordado e pouco depois ter a morte confirmada. Os presos são José Lucas Domingos Alves, Ana Paula Teixeira Pinto de Jesus e Lucas Bras dos Santos.

Em uma entrevista coletiva, a delegada responsável pelo caso, Gabriela Lisbo, afirmou que trata-se de um casal e um amigo que andam juntos na região. Um deles tem passagem pela polícia, enquanto os outros dois não. Uma das prisões ocorreu na quinta-feira (2/10). As outras duas, foram realizadas nessa sexta-feira (3).

A investigação trata o ocorrido como um “crime de oportunidade”, visto que o advogado saía de um estabelecimento aparentando estar embriagado, quando foi abordado pelos criminosos. Além disso, aguarda a divulgação dos resultados dos laudos médicos que indicarão a causa da morte.

Pacheco chegou a ser encaminhado para o hospital Santa Casa, mas não resistiu.

Advogado agredido por ladrão

Imagens mostram o momento em que Pacheco é abordado na esquina das ruas Itambé e Maranhão. É possível ver o assaltante pegar algo do bolso do advogado, que resiste em entregar. Depois, o suspeito dá um soco na vítima, que cai no chão. A cena é acompanhada de perto pela mulher que acompanha o assaltante.

Quem era o advogado

O advogado criminalista Luiz Fernando Sá e Souza Pachec0 começou a carreira em 1994, quando ingressou na banca de advocacia de Márcio Thomaz Bastos, ex-ministro da Justiça durante o primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva e em parte do segundo mandato.

Ele se formou em Direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie em 1996.

Pacheco atuou no caso do Mensalão, defendendo o então deputado José Genoino (PT-SP). Ele também foi sócio-fundador do Prerrogativas, grupo de juristas pró-PT.

Além da atuação profissional, Pacheco ocupou cargos relevantes na advocacia e na política de defesa dos direitos: foi conselheiro da OAB/SP em diferentes mandatos (2019-2021 e 2022-2024), presidente da Comissão de Prerrogativas da seccional paulista e vice-presidente do Conselho Deliberativo do Instituto de Defesa do Direito de Defesa (IDDD). Ele também integrou o Conselho Nacional Anti-Drogas da Presidência da República.

Nos últimos anos, atuava em escritório próprio, Luiz Fernando Pacheco Advogados, no Itaim Bibi, zona sul de São Paulo.

Fonte: Metrópoles