Momentos antes de morrer atingido por um veículo que participava de um suposto racha em Caçapava, no interior de São Paulo, o motociclista Jean Carlo Barbosa Máximo, de 31 anos, deu um beijo em sua esposa, a auxiliar de produção Nathália Plata, e prometeu que a avisaria quando chegasse em casa.
O acidente aconteceu no último domingo (5/10). Jean e Nathália, haviam mudado de casa no sábado (4/10) e tinham ido ao endereço antigo finalizar a mudança antes de ele deixá-la no trabalho.
Logo após se despedir, o homem ligou a moto, tentou entrar na marginal pela rua Vereador Geraldo Nogueira da Silva, mas não teve tempo de desviar do carro de um dos irmãos que participava da “corrida”, contou Nathália ao Metrópoles. Jean foi arremessado a 200 metros de distância e morreu carbonizado após a moto pegar fogo.
“Ele me deixou na portaria, eu dei um beijo nele e falei que, na hora que ele chegasse em casa, era para me avisar que teria chegado. Só que não deu tempo […] Não deu tempo de ele ir para trás nem para frente, o carro simplesmente pegou ele no meio, arrastou ele, foi para o escanteio e pegou fogo”, contou a viúva.
A primeira reação de Nathália foi correr em direção ao fogo para procurar o corpo do marido. Ela foi impedida por outros funcionários da fábrica, que foram chegando e a seguraram.
“Eu estava em estado grande de choque. Eu gritava o nome dele. Eu não queria que ele… [sic] Pedia a Deus que ele não tivesse morrido”, falou Nathália. Ela teve que ser levada ao pronto-socorro, onde foi medicada para “conter o desespero que sentia no peito.”“Eu estava em estado grande de choque. Eu gritava o nome dele. Eu não queria que ele… [sic] Pedia a Deus que ele não tivesse morrido”, falou Nathália. Ela teve que ser levada ao pronto-socorro, onde foi medicada para “conter o desespero que sentia no peito.”
A auxiliar de produção negou a alegação de que a moto de Jean Carlo estava com o farol apagado no momento da batida. Segundo ela, o marido trabalhava com elétrica de carros e motos e o farol do veículo ascendia automaticamente, assim que a moto fosse ligada.
Nathália disse que o marido era “um homem trabalhador” e que se preocupava muito em manter a moto em condições estáveis para evitar acidentes.
“Infelizmente, esses dois rapazes tiraram todos os nossos sonhos. Eu ainda posso continuar o sonho dele, mas infelizmente, ele não vai estar comigo para realizar”, lamentou.
Uma suposta disputa de “racha” entre dois irmãos, de 26 e 34 anos, com carros de luxo, terminou com um motociclista morto em Caçapava. Jean Carlo havia deixado a esposa no trabalho e voltava para casa quando foi atingido por um dos veículos na rua Vereador Geraldo Nogueira da Silva.
O delegado responsável pelo caso, Hugo Pereira de Castro, confirmou que a vítima foi arremessada a 200 metros de distância e morreu carbonizada após a moto pegar fogo.
Imagens de câmera de segurança registraram o momento em que um dos carros saiu da pista desgovernado, atravessou uma cerca e atingiu uma área de vegetação. O incêndio começou logo em seguida.
Fonte: Metrópoles
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