Indígenas e ativistas rompem barreira de segurança durante a COP30 em Belém

Foto: Metrópoles

A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que acontece em Belém (PA), foi marcada por um momento de tensão na noite desta terça-feira (11). Um grupo formado por indígenas e ativistas ambientais invadiu a chamada Zona Azul, área de acesso restrito da conferência, onde circulam diplomatas, autoridades internacionais e representantes da ONU.

De acordo com informações do Metrópoles e O Tempo, a manifestação começou de forma pacífica durante a Marcha pela Saúde e Clima, que reuniu cerca de 3 mil pessoas no centro da capital paraense. Após o término do trajeto oficial, parte do grupo se separou e tentou ultrapassar o bloqueio de segurança da conferência, rompendo portas de acesso e gerando correria no local.

Testemunhas relataram que houve confronto entre seguranças e manifestantes. Um dos agentes da equipe de segurança ficou ferido durante o tumulto.

Entre as principais pautas reivindicadas estavam a proteção dos povos indígenas, a preservação da Amazônia e a taxação de grandes fortunas para financiar políticas climáticas.

“Se a gente estivesse com saúde, não estaríamos aqui reivindicando”, declarou um dos líderes indígenas presentes na manifestação.

A organização da Marcha afirmou que os atos ocorridos após o fim do evento não fazem parte da mobilização oficial e que a proposta era manter o caráter pacífico da marcha.

A segurança da COP30 informou que “todos os protocolos da ONU foram acionados” e que as circunstâncias do episódio estão sendo apuradas. Até o momento, não há registro oficial de prisões ou detenções.

A COP30, sediada em Belém, marca uma edição histórica por acontecer no coração da Amazônia, o que torna o protesto ainda mais simbólico — refletindo as tensões entre o discurso político internacional e as demandas diretas das comunidades tradicionais e indígenas da região.

Fonte: Metrópoles