Foto: Polícia Civil do Paraná

Um grupo suspeito de movimentar mais de R$ 14 milhões com o “golpe do presente” em dezenas de vítimas está sendo alvo de uma operação policial na manhã desta terça-feira (25).

A ação é coordenada pela Polícia Civil do Paraná (PC-PR) que cumpriu 17 mandados judiciais, incluindo 14 de prisão preventiva e de busca e apreensão de celulares e contas bancárias.

A investigação identificou ao menos 270 vítimas no Paraná, além de outras pessoas de São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Bahia.

A operação tem o apoio da Polícia Civil de São Paulo (PC-SP) e acontece nas cidades paulistas de São Bernardo do Campo, Diadema e São Paulo capital.

A polícia paranaense explica que a investigação teve início há cerca de um ano e identificou a estrutura de organização criminosa. Bem como sua modalidade de ação. Em um dos estados, a PC-PR apurou, em Curitiba, 12 agências de cartões eletrônicos que foram utilizadas na aplicação do golpe.

“Os criminosos procuravam vítimas que estavam fazendo aniversário e se passavam por funcionárias ou lojas de chocolate. Alegavam que precisavam entregar à vítima um presente e que iam cobrar uma taxa referente ao motoboy. A vítima era orientada a realizar o pagamento com o cartão bancário. Ao inserir na máquina, o motoboy simulava erros nas transações e posteriormente a vítima recebia extratos com movimentações que captavam as informações do cartão e as senha da vítima”, explica o delegado Emmanuel David.

Em outras ocasiões, os golpistas passavam valores altos com que a vítima precisava sacar ou transferir para uma conta de mesma bandeira.

Após a aplicação do golpe, o dinheiro era rapidamente pulverizado para diversas contas bancárias de laranjas como o objetivo os valores e dificultar rastreamento pelas instituições financeiras e pela polícia, como mostrou a reportagem.

Os nomes dos alvos não foram divulgados, e por isso o g1 não conseguiu identificar os defensores deles.

Até a última atualização desta reportagem, 25 pessoas tinham sido presas na operação em Curitiba.

Fonte: G1