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A Polícia Civil do Paraná (PCPR) e a Polícia Militar do Paraná (PMPR) realizaram uma grande operação na manhã desta sexta-feira (28) contra uma organização criminosa responsável por movimentar, em média, 1,5 tonelada de drogas por mês ao longo dos últimos dois anos. A ação, que contou com apoio de forças policiais de outros estados, resultou na prisão de 25 pessoas e no cumprimento de 54 mandados de busca domiciliar em cidades do Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina.

Segundo informações das autoridades, a operação teve como alvos principais integrantes de um grupo com atuação concentrada em Maringá, Loanda (PR) e Campinas (SP), especializado no tráfico interestadual de drogas e na lavagem de dinheiro. Entre as ordens judiciais cumpridas, destacam-se mandados de bloqueio de contas bancárias e de sequestro de quatro imóveis vinculados à organização.

Durante as buscas, foram apreendidas porções de ecstasy e maconha, balanças de precisão e celulares, que serão periciados para aprofundamento das investigações. Das 25 prisões efetuadas, 22 ocorreram em cumprimento a mandados judiciais e três em flagrante.

A operação mobilizou helicópteros da PCPR e da PMPR, além de cães de faro, para ampliar a eficácia das buscas. A Polícia Penal do Paraná (PPPR) também participou da ação, conforme suas atribuições constitucionais.

No Paraná, os mandados foram cumpridos nas cidades de Maringá, Paranavaí, Loanda, Porto São José, São Pedro do Paraná, Santa Isabel do Ivaí, Querência do Norte, Sarandi e Pitangueiras. Fora do estado, a operação ocorreu em São Paulo, Campinas e Guarulhos (SP); Pouso Alegre (MG); Campo Grande (MS) e São Joaquim (SC), com apoio das polícias Civil e Militar locais.

De acordo com o delegado da PCPR, Leandro Roque Munin, a investigação revelou que a organização enviava de 100 a 150 quilos de drogas por dia para o estado de São Paulo, principalmente para Campinas, totalizando mais de 1,5 tonelada mensalmente. O grupo utilizava malas para embalar os entorpecentes, que eram transportados, principalmente, por ônibus até o destino final. O dinheiro obtido era lavado por meio de estabelecimentos comerciais em Maringá, como lojas de veículos e tabacarias.

O tenente-coronel Cristian Nogueira, da PMPR, ressaltou a importância da integração entre as forças de segurança no combate ao crime organizado. “A união de esforços entre as equipes foi determinante para enfraquecer a estrutura da organização criminosa, garantindo ações coordenadas, troca qualificada de informações e apoio mútuo para atingir os principais responsáveis pelo esquema”, afirmou.

A investigação, iniciada há cerca de dois anos, já havia resultado na prisão de pelo menos nove pessoas, incluindo um dos líderes do grupo, capturado no Paraguai em ação conjunta entre PCPR, PMPR, Polícia Federal e Polícia do Paraguai. Outras prisões ocorreram em dezembro de 2023, quando um centro de distribuição de drogas foi localizado em Maringá. Na ocasião, dois indivíduos foram presos em flagrante com grande quantidade de entorpecentes, malas, bolsas e balanças de precisão. Mais três flagrantes foram registrados em rodovias do Paraná, sendo dois em Bandeirantes e um em Cambará.

O delegado Leandro Roque Munin destacou que a operação é fruto de um trabalho conjunto, técnico e contínuo de inteligência e investigação, evidenciando a complexidade e a ramificação da organização criminosa. “A integração entre a PCPR e a PMPR foi fundamental para atingirmos este estágio para a completa desarticulação do grupo criminoso”, concluiu.

Fonte: CGN