Caso Larissa: suspeito teria estado com vítima antes do assassinato

(Foto: Reprodução/RICtv)

Larissa Ferreira foi assassinada no dia 12 de setembro de 2021 em Campo Magro, Região Metropolitana de Curitiba (RMC) e um dos suspeitos do crime teria encontrado a vítima diversas vezes antes da morte da jovem.

Segundo o delegado da Polícia Civil do Paraná (PCPR) em Almirante Tamandaré, Guilherme Dondi, o suspeito teria ido a uma entrevista de emprego com Larissa.

O suspeito teria sido reconhecido pelo gerente de uma loja de um shopping localizado no bairro Portão, em Curitiba. Larissa realizou uma entrevista de emprego no local na manhã do dia em que foi assassinada.

Outros fatos também ligam esse suspeito ao crime. Larissa tinha anotações que mostravam ônibus que circulam próximos ao bairro São Braz, também em Curitiba.

Nesse bairro foi comprado em um posto de gasolina um galão de combustível utilizado para queimar a vítima. Além disso, o suspeito mora a dois minutos desse estabelecimento.

Suspeito de matar Larissa mentiu em depoimento à PCPR

Apuração do repórter Willian Bittar da RICtv apontou que esse suspeito passou um endereço falso aos policiais.

Em depoimento à Polícia Civil, o suspeito de ter encontrado Larissa antes do crime negou que tenha qualquer relação com a vítima.

“Não conhecia (Larissa), não tinha nenhum contato com ela. Fiquei sabendo (do crime) porque os policiais me pegaram, me enquadraram e falaram que eu estava com o carro prata. Mas eu não conheço a Larissa, não tenho contato nenhum, nem no Facebook”, disse o suspeito em depoimento a Polícia Civil.

Testemunhas ouvidas pela PCPR apontaram que um carro seguia Larissa antes do crime. Esse fato reforça a tese que a vítima pode ter sido sequestrado antes de ser torturada, esfaqueada e queimada.

Suspeito do Caso Larissa foi encontrado após fugir de primo da vítima

A família de Larissa começou a investigar por contra própria o homicídio da jovem e um primo da vítima começou a questionar pessoas de Campo Magro sobre informações do caso.

Durante uma dessas abordagens no Parque Bombinha, o motorista de um veículo Logan Prata viu o primo de Larissa e fugiu em alta velocidade do local.

O primo de Larissa conseguiu anotar a placar e passou essa informação à Polícia Civil, que posteriormente localizou o carro e o suspeito.

Mas sem maiores provas do envolvimento do suspeito com a morte de Larissa ele foi liberado pelos policiais e não foi indiciado por qualquer crime.

Imagens do bar em que Larissa foi antes do crime não estão com a polícia

Após ter deixado uma entrevista de emprego, Larissa avisou aos familiares que iria dormir na casa de um “boy”. Testemunhas afirmam que a vítima esteve no Bar Pakattota, em Campo Magro, na companhia de pelo menos dois homens.

Uma das testemunhas afirmou à Polícia Civil que tinha imagens de Larissa no bar, mas esses vídeos não foram pegos pelos investigadores e não constam no processo.

Essa testemunha ainda detalhou como Larissa foi assassinada: a vítima teria deixado bar com dois homens em um carro e que próxima a uma praça, tentou fugir dos suspeitos, mas um deles a derrubou com uma rasteira, enquanto o outro ateou fogo nela e cortou a garganta da mulher.

O local em que foi cometido o crime não tinha câmeras e por isso não há registros que comprovem a versão da testemunha.

Mesmo ferida, Larissa conseguiu se deslocar até um ponto de ônibus, onde foi socorrida por populares. Ela foi encontrada apenas com uma blusa, com o pescoço sangrando e com queimaduras por todo o corpo.

Larissa chegou a ser encaminhada ao Hospital Evangélico, em Curitiba, mas não resistiu aos ferimentos.

Fonte: RICtv