Últimos Seis Meses no Brasil Registram uma Série de Acidentes Aéreos

Foto: Reprodução/Redes Sociais

Um avião de pequeno porte caiu na Avenida Marquês de São Vicente, na Barra Funda, na zona oeste de São Paulo, na manhã desta sexta-feira (7). Piloto e copiloto morreram. Outras sete pessoas ficaram feridas. Este é ao menos o oitavo caso de queda de aviões no Brasil nos últimos seis meses (sem considerar as quedas de helicópteros, que foram duas somente em janeiro deste ano, em Caieiras-SP e Cruzília-MG).

A relação inclui casos de grande repercussão nacional, como o do avião que caiu em Gramado, na Serra Gaúcha, em 22 de dezembro, deixando 10 mortos e 17 feridos. E o de Ubatuba, no litoral paulista, em 9 janeiro, que deixou um morto e quatro feridos. Além do mais grave de todos, o do avião da Voepass que caiu em Vinhedo, no interior de São Paulo, após decolar de Cascavel, no oeste do Paraná.

Avião ultrapassa pista e explode em praia de Ubatuba (SP)

9 de janeiro de 2025 – Em Ubatuba, litoral norte de São Paulo, um avião de pequeno porte ultrapassou a pista do Aeroporto Estadual de Ubatuba em tentativa de pouso, atravessou o alambrado e explodiu na orla na orla da Praia do Cruzeiro.

O modelo, um Cessna Citation 525 CJ1, que pertencia à família Fries, importantes fazendeiros de Goiás, pousou em uma pista operacional com quase 300 metros de extensão a menos do que o indicado para locais molhados, de acordo com o manual da aeronave. Além disso, chovia no momento e a pista estava molhada

O piloto da aeronave, Paulo Seghetto, morreu. Os quatro passageiros, Mireylle Fries (filha do produtor rural Milton Fries), seu marido, Bruno Almeida Souza, e os dois filhos do casal, um menino e uma menina, ficaram feridos.

Queda em Aquidauana (MS) deixou feridos

27 de dezembro de 2024 – Uma aeronave de pequeno porte sofreu um acidente na cidade de Aquidauana, no Mato Grosso do Sul, em uma área do Pantanal de difícil acesso. Os três ocupantes do avião foram resgatados com vida.

A aeronave foi localizada de ponta-cabeça, com as asas encostadas no chão e o trem de pouso para a cima. A maior parte da estrutura ficou conservada após o acidente. O avião, um monomotor de matrícula PT-WBI, foi fabricado em 1997 e possui quatro assentos – três passageiros e o piloto.

As autoridades não deram mais detalhes sobre o trajeto que era feito e sobre como a aeronave ficou na posição em que foi encontrada. As condições de voo estavam favoráveis no local no momento do acidente.

Turboélice cai em Gramado (RS) e 10 pessoas de uma mesma família morrem

22 de dezembro de 2024 – Um avião turboélice bimotor de pequeno porte caiu em Gramado, na Serra Gaúcha, no entorno da Avenida das Hortênsias. As 10 pessoas que estavam a bordo, todas da mesma família, inclusive o piloto, morreram. Outras 17 pessoas que estavam em solo precisaram de atendimento médico.

O avião havia decolado do Aeroporto de Canela, cidade vizinha a Gramado, com destino a Paulínia, no interior de São Paulo. No momento do acidente, chovia e havia forte nevoeiro, o que pode ter dificultado a visibilidade.

Acidente em Manicoré (AM) causa duas mortes

20 de dezembro de 2024 – Um avião de pequeno porte, que desapareceu no interior do Amazonas, no dia 20 de dezembro, foi encontrado cinco dias depois, junto com os corpos do piloto Rodrigo Boer Machado e do passageiro Breno Braga Leite. A aeronave estava em uma zona rural.

O avião teria saído de Ariquemes, em Rondônia, e seguia para Ji-Paraná, no mesmo Estado. O piloto teria relatado problemas na aeronave. Ele havia passado o sinal de GPS para que parentes acompanhassem o voo e, também, alertou que poderia ficar sem sinal por até dois dias.

Depois de dois dias sem informações, a família fez contato com a Força Aérea Nacional (FAB). A Aeronáutica apurou que o avião teria saído da rota quando seguia para Manaus, com o último registro em Manicoré.

Aviões da FAB caem durante treinamentos

22 de outubro e 1º de novembro de 2024 – Dois aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) colidiram durante um treinamento de cadetes da Academia da Força Aérea (AFA), em Pirassununga, interior de São Paulo, em 1º de novembro. Informações iniciais apontam que o leme de uma aeronave se chocou com a hélice da outra, resultando em sérios danos a ambas.

Um dos pilotos conseguiu pousar em segurança, enquanto outro direcionou a aeronave para uma área desabitada e conseguiu realizar o procedimento de ejeção. Não houve vítimas fatais.

Menos de 10 dias antes, outro acidente envolvendo aeronave da FAB foi registrado. Em 22 de outubro, um caça caiu perto da Base Aérea de Parnamirim, na região metropolitana de Natal, no Rio Grande do Norte. Na ocasião, também não houve vítimas, e o piloto também conseguiu se salvar por meio do sistema de ejeção da aeronave.

Queda de avião em Paraibuna (SP) teve cinco mortes

23 de outubro de 2024 – Avião de pequeno porte caiu na região rural de Paraibuna, no Vale do Paraíba, interior de São Paulo, durante uma forte tempestade. A aeronave se chocou contra um morro e pegou fogo após o impacto, segundo o Corpo de Bombeiros. A empresa aérea Abaeté Aviação confirmou que havia cinco colaboradores na aeronave e diz que todos morreram: comandante, piloto, médica, enfermeiro e mecânico.

Acidente em Vinhedo (SP) causa a morte de 62 pessoas

9 de agosto de 2024 – Um avião de médio porte caiu no bairro Capela, em Vinhedo, no Interior de São Paulo, matando todas as 62 pessoas que estavam a bordo. A aeronave que saiu pela manhã de Cascavel, no oeste do Paraná, tinha como destino Guarulhos, em São Paulo. Segundo a companhia, haviam 58 passageiros e 4 tripulantes a bordo.

A aeronave, um ATR-72 da companhia Voepass, anteriormente conhecida como Passaredo, tinha capacidade para 68 passageiros e havia decolado de Cascavel, no Paraná, às 11h58. O voo estava programado para pousar no Aeroporto Internacional de Guarulhos às 13h50.

O avião perdeu a sustentação e sofreu a queda fatal minutos antes de chegar ao destino. As investigações do acidente apontaram que a tripulação da aeronave relatou falhas no sistema de degelo da aeronave, tanto após a decolagem, como minutos antes da queda, quando o copiloto chegou a dizer “muito gelo”, conforme gravado pela caixa-preta do avião. Esse acúmulo de gelo nas asas da aeronave é uma das prováveis causas do acidente.

Fonte: RIC.com