Golpistas estão se passando por membros da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) para roubar veículos mediante ameaças e extorsão no interior do Paraná. Pelo menos dois casos semelhantes foram comunicados à Polícia Civil na região dos Campos Gerais.
O delegado Isaías Fernandes Machado conta que, nesta terça-feira (12), uma vítima foi à delegacia de Sengés relatando ter sido ameaçada por supostos membros do PCC. O criminoso entrou em contato pelo WhatsApp, após ver um anúncio de venda da moto da vítima, e o g1 teve acesso a uma parte da conversa com exclusividade.
Inicialmente, o criminoso se demonstrou interessado em comprar a moto, mas depois que recebeu o endereço da residência para supostamente ir ver o veículo, passou a fazer ameaças com vídeos ostentando armas e tornozeleiras eletrônicas.
Em uma das mensagens, ele diz que se a vítima não entregar a moto "numa boa", ele vai mandar queimar a casa dele, "como exemplo".
"Os indivíduos exigiram a entrega de uma motocicleta sob ameaça de morte, alegando que o veículo já teria sido utilizado em ações da facção e, portanto, deveria ser entregue imediatamente. Assustada, a vítima cedeu à ameaça. Pouco tempo depois, um guincho foi até sua residência buscar a moto", explica o delegado.
A polícia já havia registrado um caso semelhante poucos dias antes, em Jaguariaíva, quando a vítima acabou perdendo um automóvel durante o golpe.
No entanto, as investigações indicaram que não havia envolvimento do PCC, até mesmo por conta do modus operandi da facção criminosa ser diferente do usado pelos golpistas, conta o delegado. Para ele, os casos são de extorsão.
"O criminoso se passou por membro da facção para intimidar a vítima e tomar posse do veículo, cujas informações, e contato da vítima, foram obtidas pelo autor num anúncio de venda em redes sociais realizado pela própria vítima. [...] A orientação das autoridades é clara: em situações suspeitas, jamais entregue seu veículo sem antes procurar a polícia", alerta o delegado.
Agora, as investigações buscam identificar e localizar os suspeitos.
Fonte: G1
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