Os banheiros do Centro de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) se transformaram no centro de uma polêmica escancarada. Relatos de estudantes denunciam que o local estaria sendo usado para práticas sexuais, com direito a buracos feitos nas divisórias das cabines, camisinhas usadas jogadas no chão e mau cheiro constante.
As imagens que circulam mostram furos grosseiros nas paredes, muitos deles tapados com papel higiênico ou papelão colado com fita adesiva. Em pelo menos um dos casos, uma das inscrições grafitadas no banheiro incentiva abertamente a prática, em tom de deboche.
“Inventaram de fazer buraco entre as cabines do banheiro e agora temos que viver pedindo chave na secretaria”, reclamou uma estudante. Segundo ela, o banheiro masculino passou a ter acesso controlado depois que a situação fugiu do controle.
De acordo com um comunicado oficial da chefia do Departamento de Jornalismo, os sanitários localizados no térreo, ao lado do jardim interno, agora só podem ser utilizados por estudantes da graduação e pós-graduação em Jornalismo. Para isso, as chaves precisam ser retiradas diretamente na secretaria.
A justificativa oficial é “segurança sanitária”, mas os alunos sabem o real motivo. “Todo mundo já sabe que estavam usando o banheiro pra encontro sexual. Achavam até camisinha com esperma dentro jogada no canto”, relatou um estudante que frequenta o bloco.
A situação se repete em outros prédios da universidade. Na Biblioteca Universitária (BU), os relatos apontam que uma das divisórias entre as cabines masculinas chegou a ser removida, supostamente para “facilitar o acesso”. A denúncia é de que ali também teriam sido encontrados materiais usados em atos sexuais. “Isso já acontece há tempos, só que agora ficou crítico e precisaram tomar uma atitude”, destaca um egresso da UFSC.
Funcionários dizem que não conseguem mais dar conta de tapar os buracos nas cabines. “A gente tapa um, no outro dia já abriram outro. É um absurdo o que estão fazendo aqui dentro”, comentou um servidor terceirizado que pediu para não ser identificado.
Além dos constrangimentos, os estudantes relatam que o problema atrapalha a rotina diária. “Quem tem problema de saúde ou precisa usar o banheiro com urgência fica sem acesso, porque agora depende de chave. Virou um transtorno”, reclamou um aluno do Jornalismo.
A reitoria da UFSC ainda não se manifestou sobre o caso. Enquanto isso, estudantes cobram providências e criticam o silêncio da instituição diante de uma situação que virou piada e revolta ao mesmo tempo.
“Isso aqui é uma universidade pública. Virou zona e ninguém faz nada. É inaceitável”, protestou outro estudante.
Fonte: Jornal Razão
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