O delegado Fabiano Moza, da Polícia Civil de Cascavel, forneceu detalhes em coletiva de imprensa sobre a morte de um bebê de dois anos, no dia 7 de junho. A mãe e o padrasto da criança foram presos preventivamente em Pato Branco, no Sudoeste do Paraná, nesta quarta-feira (10), diante de indícios de que a criança foi agredida.
“As lesões foram classificadas como intencionais e incompatíveis com acidentes domésticos, sendo o conjunto compatível com o quadro clínico conhecido como Síndrome da Criança Espancada”, relatou a Polícia Civil, em nota.
Segundo Moza, a mãe chamou o Samu no dia 7 de junho, no bairro Periolo, informando que a criança tinha caído. No local, porém, os socorristas constataram que a criança já estava morta e que tinha vários hematomas pelo corpo.
“Havia múltiplas lesões, equimose, escoriações em toda a parte do corpo, como cabeça, pescoço, ombro, dorso, punhos, mãos, pernas e pés. Tinha padrão também de lesões que teria sido utilizado, provavelmente, um material cilíndro. Não sei, pode ser um cabo de vassoura, alguma coisa. Então, várias lesões tinha marca de um objeto cilíndro que teria causado aquelas lesões”, explicou o delegado.
Ainda, foi constatado que as lesões tinham sido feitas em períodos diferentes, pois estavam com colorações diferentes de hematomas. Mãe e padrasto foram encaminhados para a delegacia na época. O homem foi liberado e a mãe foi presa em flagrante, e depois da audiência de custódia, passou a ser monitorada por tornozeleira eletrônica.
“O médico concluiu que a causa da morte foi por ação contundente, com traumatismo torácico abdominal contuso, associado a pancreatite traumática e peritonite aguda”, disse o delegado. Na residência, a polícia também localizou uma fita crepe, em formato de algema, que foi apreendida e passará por perícia para identificar se há DNA da criança no objeto.
O delegado Moza ainda contou que a criança “sempre chorava” quando o pai ia devolver ela na casa da mãe. “Do padrasto, ele não relatou nada. Mas quando tinha que devolver a criança para a mãe, a criança chorava e não queria voltar para casa”, ressaltou o delegado.
Fonte: RICTV
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