Foto: Jornal Razão

A morte de dois criminosos em confrontos com a Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC), na manhã desta sexta-feira (26), transformou o bairro Monte Cristo, em Florianópolis, em palco de tensão. A ação policial fez parte da Operação Continente Seguro, que investiga sequestros, assaltos e envolvimento com o tráfico de drogas.

Um dos mortos foi Diego Nascimento de Oliveira, de 16 anos, conhecido por ostentar armas de fogo, munições e desafiar abertamente a Polícia Militar nas redes sociais. Em uma das postagens mais provocativas, ele aparece fumando maconha em frente ao batalhão da PMSC. Em outros vídeos, ostenta pistolas com carregadores alongados dentro de veículos.

Diego foi surpreendido por policiais do Tático ao tentar reagir durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão em sua residência, no Monte Cristo. Segundo a PM, ele empunhava uma arma e foi morto após confronto direto.

Com a comoção, a comunidade iniciou uma série de protestos violentos. Colchões foram incendiados, barricadas erguidas e vias bloqueadas. Uma viatura do Corpo de Bombeiros foi apedrejada enquanto tentava apagar os focos de incêndio. A guarnição precisou se retirar do local por questões de segurança.

Informações preliminares também apontam que a facção tramava ataques a ônibus nas imediações do Condomínio Panorama.

Diante da escalada de violência, o 22º Batalhão da PM reforçou o patrulhamento naquela região, culminando em mais um confronto armado.

Desta vez, o criminoso morto foi Jonas Felipe de Moraes Cavalheiro, de 27 anos, natural de Porto Alegre (RS), integrante da chamada “Tropa do F”, grupo ligado à facção criminosa PGC. Ele foi baleado após reagir à abordagem da Polícia Militar e morreu no local.

Imagens que circulam nas redes sociais mostram cenas fortes do local, com poças de sangue e roupas ensanguentadas. Familiares e amigos dos criminosos passaram a publicar mensagens exaltando os mortos, chamando-os de “guri”, “cria” e “heróis da quebrada”, com emojis de revolta e promessas de vingança.

Em uma das publicações, um perfil ligado ao grupo escreveu: “no teti a teti vocês não aguentam, seus cu**”, sugerindo vingança contra os policiais. Outra postagem diz: “sapé, te amo guri, covardes!”, em referência a um dos mortos, com emojis de raiva e sangue.

A Polícia Militar considera a situação sob controle, mas não descarta novos ataques. A PMSC reiterou em nota que todas as ações estão sendo realizadas dentro da legalidade e com foco na preservação da vida dos policiais e da população. As mortes ocorreram após reações armadas por parte dos criminosos e foram tratadas como legítima defesa.

Fonte: Jornal Razão