A onda de violência que tomou conta de Tijucas neste sábado (4) deixou um saldo de três mortos em menos de 12 horas e terminou com a prisão de um suspeito em Brusque. O caso começou com um duplo homicídio no bairro Praça, seguido por um ataque de vingança que espalhou pânico na localidade. As informações foram apuradas e checadas com exclusividade pela redação do Jornal Razão.
O duplo homicídio
Logo pela manhã, André Santos Dutra, de 20 anos, e Pablo Antunes Mariano, de 26 anos, foram executados a tiros em via pública após uma suposta discussão por conta de barulho. André chegou a ser socorrido, mas morreu no Hospital São José.
Já Pablo tinha um histórico criminal extenso. Ele havia sido condenado a 12 anos de prisão por homicídio cometido em 2018, em Laguna (SC), ao lado de outro integrante de uma facção criminosa. Em fevereiro de 2025, foi beneficiado com progressão ao regime aberto com monitoramento eletrônico, mas acumulava diversas violações da prisão domiciliar.
Uma decisão da 2ª Vara Criminal de Tubarão, de junho deste ano, havia determinado a regressão do regime para o semiaberto, mas ele continuava em liberdade. Além do homicídio, tinha passagens por tráfico de drogas, assaltos e furtos. “Se estivesse preso conforme determinou a justiça, não teria sido morto”, comentou uma fonte policial ao JR.
O ataque de vingança
Horas após o duplo homicídio, pessoas ligadas a Pablo e André teriam se deslocado ao mesmo bairro, em busca de vingança. Moradores relataram um tiroteio intenso, com mais de 50 disparos de armas de fogo.
Nesse segundo ataque, Paulo Lourenço dos Santos, de 26 anos, acabou atingido por diversos tiros e morreu no hospital. Ele também tinha antecedentes criminais, incluindo homicídio, tráfico e assaltos.
No início da tarde, a PMSC prendeu em Brusque Ademir Madruga dos Santos, de 44 anos, conhecido como “Amigão”. Ele foi localizado em um carro e estava em posse de uma arma de fogo. Apesar de negar envolvimento, é apontado como o autor do duplo homicídio que iniciou a sequência de mortes. Ele foi detido por porte ilegal de arma de fogo.
Segundo informações apuradas, Ademir é padrasto de Paulo Lourenço, o homem assassinado no ataque de vingança. A relação entre os crimes e possíveis disputas pessoais ou ligadas a facções ainda é investigada.
O saldo da violência em Tijucas é de três mortos em poucas horas: dois jovens executados pela manhã e outro atingido no tiroteio da tarde. Além disso, dezenas de cápsulas de munição ficaram espalhadas pelas ruas do bairro Praça, transformado em cenário de guerra.
Fonte: Jornal Razão
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