Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal/ND

O caso de João Vitor Pereira, jovem de 21 anos cujo corpo foi encontrado pela própria mãe, enterrado em Campo Alegre, no Planalto Norte catarinense, segue sob investigação e pode ter ligação com agiotagem. João havia desaparecido no dia 13 de maio de 2025, na cidade de Tijucas do Sul (PR).

“Não estamos bem, não conseguimos dormir. A noite vem os pensamentos na nossa cabeça sobre tudo, de como ele deve ter sofrido. Está tudo bem difícil mesmo”, compartilhou uma pessoa próxima de João, que preferiu não se identificar por questões de segurança.

De acordo com a Polícia Civil, entre os suspeitos está um homem que teria trabalhado junto com João em cobranças de dívidas relacionadas à agiotagem.

Além dele, a ex-companheira da vítima também está na mira das investigações, uma vez que as atitudes dela tem sido inconsistentes. Ela inicialmente teria apontado os suspeitos e teria dito que ela também era um dos alvos. Mas, posteriormente, ela fugiu e nunca mais foi localizada pela polícia.

“As investigações seguem no sentido de tentar buscar elementos que liguem os principais suspeitos, a princípio apontados pela ex-companheira, com o crime cometido”, detalhou o delegado Valdir Xavier.

Segundo relatos ouvidos pela polícia, o jovem entrou no mundo da agiotagem desde cedo. Ele chegou a vender um carro que teria ganho de sua família e começado a emprestar o valor para fazer as cobranças com juros.

As últimas informações sobre ele indicam que saiu de casa e foi sequestrado em Tijucas do Sul (PR), pelos criminosos.

Jovem encontrado morto em SC estava se reaproximando dos familiares

Natural de Salvador (BA), João Vitor viveu a infância no Nordeste até os 5 anos, quando se mudou com a família para São José dos Pinhais, no Paraná. Cresceu próximo aos parentes e chegou a trabalhar na transportadora da família.

Segundo uma pessoa próxima, João era um jovem tranquilo, sonhador e querido. “Ele tinha um coração bom, não tinha maldade. Só queria trabalhar e conquistar as coisas”, relatou.

Apesar de reservado, ele mantinha contato com a família e, nos últimos tempos, vinha se reaproximando, compartilhando feriados e momentos especiais ao lado dos parentes.

"Sei que nada vai trazer ele de volta, mas queremos justiça”, desabafou.

Corpo de João foi encontrado pela mãe em Campo Alegre

A própria mãe encontrou o local, onde a vítima estava enterrada em Campo Alegre, Planalto Norte catarinense.

Ainda de acordo com a Polícia Militar, próximo à cova, no bairro Cubatão, foi encontrada uma munição de calibre 12 deflagrada, ou seja, um cartucho usado e disparado.

Fonte: ND+