Investigação sobre ex-vereador acusado de estupro revela mais dois professores suspeitos no PR

Foto ilustrativa — Foto: Roberto Dziura Jr/AEN

Mais dois professores de um colégio estadual de Irati, na região central do Paraná, foram afastados da função por serem suspeitos de cometer crimes sexuais contra alunos.

As informações são do Ministério Público do Paraná (MP-PR), que afirma que um deles tem 53 anos e é concursado, e o outro possui 49 anos e entrou na rede de educação temporariamente, por um Processo Seletivo Simplificado (PSS).

O caso está sob sigilo de Justiça, e os nomes dos professores não foram revelados. O g1 tenta identificar as defesas deles.


O Ministério Público destaca que os crimes de ambos foram descobertos durante os depoimentos dados por crianças e adolescentes nas investigações contra Helio de Mello, que era vereador da cidade e professor da mesma escola até ser denunciado por estuprar estudantes.

Atualmente, ele está preso e é réu na Justiça por seis crimes. A irmã dele, que era diretora do colégio, também foi denunciada acusada de omissão em casos de assédio sexual e favorecimento de exploração sexual de adolescentes.

"Os relatos sobre as possíveis condutas ilícitas [dos outros professores] chegaram ao MP-PR a partir de depoimentos colhidos em escuta especializada realizada por uma força-tarefa composta pela Promotoria, o Conselho Tutelar, as secretarias municipais de Assistência Social e de Educação, o Núcleo Regional de Educação e a Delegacia de Polícia Civil", explica o órgão.

Segundo o MP-PR, os dois professores estão sendo investigados por comentários de cunho sexual, utilização de vocabulário inadequado e toques físicos injustificáveis durante as aulas que ministravam - o que, para a promotoria, configura violações à integridade física, emocional e psíquica de diversos estudantes.

"Ao requerer o afastamento dos professores do ambiente escolar, a Promotoria de Justiça demonstrou que os investigados se utilizariam das funções que exerciam para constranger e violar a integridade sexual, psíquica e moral das adolescentes. Com a ordem judicial, os dois estão impedidos de frequentar quaisquer unidades escolares estaduais até a conclusão das investigações e de estabelecer qualquer contato com alunos", explica o Ministério Público.

Em nota, a Secretaria de Estado de Educação (Seed-PR) confirmou que os docentes foram afastados e destacou que a medida, de caráter cautelar, permanecerá em vigor até a conclusão das investigações.

Fonte: g1