Polícia aponta fatalidade como causa da morte de jovem durante exame

Foto: Jornal Razão

A Polícia Civil de Santa Catarina concluiu as investigações sobre a morte de Leticia Paul, de 22 anos, e encerrou o inquérito sem apontar responsáveis.

A jovem, moradora de Lontras, morreu em agosto após sofrer um choque anafilático durante uma tomografia com contraste em Rio do Sul, no Alto Vale do Itajaí. O caso gerou grande comoção na região por se tratar de uma reação rara a um exame de rotina.

De acordo com o delegado Matheus Tietjen Slomsky, responsável pela apuração, foram analisados depoimentos de familiares, amigos e profissionais do hospital, além de imagens de câmeras de segurança e o prontuário médico da paciente. Também foi feita uma perícia indireta sobre o medicamento utilizado.

O relatório final apontou que não houve erro médico, negligência ou irregularidade nos procedimentos realizados. A medicação estava regularizada e as ações da equipe seguiram os protocolos previstos em literatura médica.

Com base nessas conclusões, a Polícia Civil considerou que a morte de Leticia foi uma fatalidade, provocada por uma reação alérgica grave e imprevisível ao contraste. O caso, portanto, não resultará em responsabilização criminal.

Leticia havia se formado em Direito cinco meses antes do ocorrido e era conhecida por sua alegria e determinação. Apaixonada por beach tennis e fã da dupla sertaneja Henrique e Juliano, ela vivia em Lontras, cidade vizinha a Rio do Sul, com pouco mais de 12 mil habitantes. O corpo foi cremado em Balneário Camboriú, no Litoral Norte do estado.

O choque anafilático é uma resposta extrema do sistema imunológico a uma substância considerada estranha pelo organismo. Embora seja um evento raro, pode causar sintomas graves como falta de ar, queda de pressão e parada cardiorrespiratória.

Médicos reforçam que a maioria dos pacientes realiza exames com contraste sem complicações, mas é fundamental informar à equipe médica qualquer histórico de alergia antes do procedimento para permitir medidas preventivas.

Fonte: Jornal Razão