Discussão termina em agressão e filho é detido por violência contra o pai

Foto: CGN

Um homem de 22 anos foi preso na noite de quinta-feira (16) após agredir o próprio pai, de 59 anos, durante uma discussão familiar no Parque Alphaville I, em Umuarama. De acordo com a Polícia Militar, a equipe foi acionada por familiares que presenciaram a briga e conseguiram conter o agressor até a chegada dos policiais.

A vítima apresentava lesões na face e nos membros e relatou que foi atacada pelo filho durante um desentendimento dentro da residência. O homem de 59 anos manifestou interesse em representar criminalmente contra o autor.

O suspeito foi localizado na calçada da casa, abordado e, após busca pessoal, confessou a agressão. Segundo a PM, foi necessário o uso de algemas para garantir a segurança da equipe e dos envolvidos, conforme prevê a legislação.

Uma equipe do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) prestou atendimento médico à vítima no local. Em seguida, pai e filho foram encaminhados à Delegacia de Polícia Civil de Umuarama para as providências judiciais.

Violência doméstica

A violência contra os pais dentro de casa é um fenômeno complexo e doloroso, muitas vezes silenciado pelo medo e pela vergonha. Ele pode se manifestar através de agressões físicas, verbais, psicológicas ou financeiras, partindo de filhos adultos ou adolescentes.

Esse tipo de violência frequentemente surge a partir de uma combinação de fatores, como transtornos não tratados (de comportamento, uso de substâncias), dinâmicas familiares disfuncionais onde os limites foram sempre frágeis, ou até mesmo como um reflexo de uma violência anterior que se inverteu.

As vítimas, os pais, costumam carregar um profundo sentimento de culpa, fracasso e constrangimento, o que os impede de buscar ajuda. Muitos acreditam que “fizeram algo errado” na criação e tentam, em vão, acalmar o agressor, perpetuando o ciclo.

É crucial quebrar o silêncio. Reconhecer que se trata de um abuso, e não de um simples “desrespeito”, é o primeiro passo. Buscar apoio em serviços de assistência social, psicológica e, em casos graves, acionar o sistema jurídico, é fundamental para a proteção dos pais e para a possível reabilitação do agressor. Ninguém deve enfrentar isso sozinho.

Fonte: CGN