O hospital Santa Casa de Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, está construindo um bunker para abrigar um equipamento radioativo usado no tratamento de câncer. Segundo a instituição, o modelo adquirido para o local é inédito na América do Sul.
O acelerador linear tem inteligência artificial (IA) embarcada e fornece doses de radiação diretamente no tumor, preservando tecidos saudáveis ao redor. Para conter a radiação emitida pelo equipamento, as paredes do bunker possuem até 2,20 metros de espessura.
Por isso, mais de 95 viagens de caminhão foram feitas para levar quase 800 metros cúbicos de concreto para a obra. Para evitar a retração do material; ou seja, a diminuição do seu volume devido à eliminação de água, quase 30 toneladas de gelo foram usadas para evitar a elevação de temperaturas durante a concretagem.
O bunker faz parte de uma obra que está transformando a estrutura do antigo Hospital Evangélico de Ponta Grossa, fechado desde 2016, em um centro de referência em oncologia.
A obra começou em abril deste ano e deve ser entregue até março de 2026.
O projeto total ultrapassa R$ 20 milhões, provenientes de recursos da Itaipu Binacional, do Governo do Estado e de emendas parlamentares. A construção está avaliada em R$ 8,4 milhões e o equipamento radioativo, em R$ 12 milhões.
Com a nova estrutura, a capacidade de atendimento oncológico em Ponta Grossa deve dobrar. De acordo com a equipe da Santa Casa, a nova unidade terá capacidade para mais de sete mil consultas e mais de dois mil procedimentos por mês em pacientes de 28 cidades da região.
Fonte: G1
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