“Tabacaria da droga” é apontada como um dos principais pontos de tráfico no Paraná

Foto: reprodução / Ric RECORD

A chamada “Casa dos Artistas”, localizada na beira da Rua Brigadeiro Franco, se tornou um dos principais pontos de tráfico de drogas da favela do Parolin, em Curitiba. Conforme apuração da Ric RECORD, o local funciona como uma espécie de tabacaria, onde usuários compram e consomem drogas livremente.

Imagens mostram o interior da Casa dos Artistas, com grande quantidade de usuários e condições precárias de higiene. Mesmo após ter sido alvo de operações da Polícia Civil, o ponto volta a funcionar sempre que as ações policiais se encerram.

Ainda segundo apuração do produtor Pedro Neto, da Ric RECORD, a Casa dos Artistas é apenas uma das diversas “tabacarias da droga” existentes dentro do Parolin. Esses locais operam como bares ou estabelecimentos comuns, mas são estruturados para o comércio e o consumo de drogas. O tráfico na região é descrito como um sistema organizado, com “soldados” distribuídos pelas esquinas para monitorar a presença policial e manter a atividade em funcionamento.

De acordo com investigações, o comércio ilegal no Parolin movimenta valores milionários. Algumas biqueiras chegam a faturar cerca de R$ 1 milhão por semana. O bairro, considerado o principal ponto de tráfico de Curitiba, é visto pelas forças de segurança como um negócio altamente lucrativo.

O controle da área é atribuído à quadrilha liderada por um homem conhecido como “Rajada”. Mesmo preso desde 2021, ele é suspeito de continuar comandando o tráfico e de ordenar crimes, incluindo assassinatos de rivais. Neste ano, o grupo foi investigado por envolvimento em um tiroteio dentro da favela, em plena luz do dia, após uma tentativa de tomada de um ponto de drogas conhecido como “Beco da Margareth”.

A disputa pelo controle do tráfico no Parolin já provocou várias mortes. As investigações apontam que, enquanto muitos perdem a vida nas biqueiras, os líderes do esquema continuam lucrando com o comércio ilegal, que segue ativo nas ruas e dentro das chamadas “tabacarias da droga”, como a Casa dos Artistas.

Fonte: RICTV