Polícia investiga farmacêuticos suspeitos de encomendar roubo a farmácias concorrentes no Paraná

Foto: RPC Londrina

Na manhã desta segunda-feira (10), três farmacêuticos de Londrina e Apucarana, cidades do norte do Paraná, tiveram as permissões para exercer a profissão suspensas. Segundo a Polícia Civil (PC-PR), eles são suspeitos de integrar um esquema criminoso que encomendava roubos de medicamentos controlados em farmácias concorrentes.

No total, são investigados 26 crimes em Londrina, que foram registrados desde junho de 2024. Entretanto, a polícia também investiga o mesmo tipo de ação coordenada pelo grupo em estados como Minas Gerais e São Paulo.

Os nomes dos investigados não foram divulgados. Por isso, o g1 não identificou a defesa deles.

O delegado Rafael Souza Pinto explicou que o principal alvo do esquema eram as canetas emagrecedoras - medicamentos que promovem perda de peso nos pacientes. Durante o roubo, os criminosos levavam até mesmo caixas térmicas para preservar a qualidade da substância.

Em seguida, o produto era repassado para os farmacêuticos que faziam parte de uma rede paralela de comercialização de remédios. Eles, então, ofereciam o medicamento com um preço abaixo do mercado aos consumidores.

"Além desses medicamentos roubados em farmácias de redes estaduais, eles também passavam por contato direto com consumidor outras medicações controladas. Tais como, medicações para insônia, psicoativos, esteroides, anabolizantes, antibióticos", o delegado contou.

Os profissionais são suspeitos de solicitar aos consumidores pagamento via PIX ou por máquinas de cartões cadastradas com outros Cadastros Nacionais da Pessoa Jurídica (CNPJs): brechó, loja de roupas e restaurante.

Na operação desta segunda, foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão em Londrina, Apucarana e Florianópolis (SC). Farmácias estão entre os endereços. Duas pessoas foram presas em flagrante após receitas médicas falsas serem localizadas.

Além da suspensão das permissões, também foram bloqueadas 22 contas bancárias que guadavam R$ 9 milhões. A polícia investiga 16 pessoas, entre farmacêuticos, participantes do roubo, motoboys que realizaram a entrega e o chefe do esquema.

São apurados crimes contra a saúde pública, roubos agravados pelo emprego de arma de fogo, receptação qualificada, associação criminosa e tráfico de drogas.

Fonte: G1