O padre indiano Binu Joseph foi denunciado por tocar uma adolescente nas partes íntimas durante uma suposta sessão de "benzimento especial" em Bocaiúva do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, segundo o Ministério Público do Paraná (MP-PR).
Conforme a denúncia, o crime foi entre novembro de 2010 e novembro de 2011. O caso chegou às autoridades depois que a vítima soube que o padre foi denunciado por praticar crimes contra a dignidade sexual de fiéis enquanto atuava em uma paróquia em Paranaguá, no litoral do estado.
Segundo o MP, no crime cometido contra a adolescente, o homem se aproveitou da autoridade moral e religiosa, para praticar atos libidinosos diversos da conjunção carnal, durante um rito espiritual privado, oferecido à vítima e familiares.
Na ocasião, conforme o MP, o homem determinou que os acompanhantes da vítima a aguardassem no salão da Igreja enquanto ele a conduzia sozinha para a sacristia e cometeu o crime sob o pretexto de realizar uma "imposição de mãos".
A denúncia foi recebida pelo Judiciário na sexta-feira (7), conforme o MP.
A defesa de Binu, composta pelos advogados do escritório VR Advocacia, ressaltou que os processos estão em segredo de Justiça e afirmou que "tem a mais plena e absoluta convicção que o Padre Binu Joseph trata-se de um Sacerdote probo que nunca pactuou com qualquer tipo de irregularidade ou ato ilícito durante toda a sua vida particular, pública e eclesiástica".
"Ademais, reafirma-se que seu trabalho de fé sempre foi pautado no mais estrito cumprimento da legalidade, da moralidade e da ética", diz a nota.
A primeira denúncia criminal contra o padre foi recebida pelo Judiciário em 20 de outubro deste ano. Segundo o documento, o crime foi contra uma mulher de 20 anos e aconteceu no dia 11 de fevereiro de 2022, nas dependências de uma igreja na Ilha dos Valadares, em Paranaguá.
As investigações apontaram que o pároco cometeu a importunação em um momento de oração, atuando para que os pais da vítima não percebessem o abuso cometido. Segundo o MP, ele instruiu as pessoas presentes a fecharem os olhos e tocou indevidamente a vítima.
Na primeira denúncia, além da condenação, o MP solicitou o pagamento de uma indenização de ao menos R$ 20 mil pelos danos sofridos pela vítima.
Fonte: G1
Foto: Paróquia Dos Navegantes

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