Pai é responsável por incêndio que mata mãe e quatro filhos

Foto: Material cedido ao Metrópoles

A comunidade de Icauã, no bairro da Caxangá, zona oeste do Recife (PE), amanheceu em luto profundo nesta segunda-feira (1º/12). A vítima central dessa tragédia foi Isabely Gomes de Macedo, de 40 anos, mãe conhecida pelos vizinhos pela calma e pela união com os quatro filhos pequenos, Aline, de 7 anos, Adriel, 4, Aguinaldo, 3, e Ariel, 1. Todos morreram no incêndio devastador que atingiu o barraco onde viviam, no início da tarde de sábado (29).

O incêndio, que destruiu grande parte da ocupação organizada pelo Movimento Urbano dos Trabalhadores Sem-Teto (Must), teria sido provocado pelo próprio companheiro de Isabely, Aguinaldo José Alves, preso em flagrante. Segundo moradores, ele estava embriagado e teria usado gasolina para atear fogo na residência da família.

As chamas começaram por volta das 12h30 do último domingo (30), nas proximidades da UPA da Caxangá. Por serem construídas em madeira, as casas da comunidade facilitaram a propagação do fogo, que se espalhou rapidamente, causando pânico entre os moradores. A Defesa Civil informou que 20 das 30 casas foram atingidas pelas chamas. Apesar da destruição, o órgão afirmou que nenhum morador solicitou abrigo emergencial.

Socorro e prisão

Testemunhas relataram que, logo após o início do incêndio, populares perceberam que Aguinaldo poderia ter provocado o fogo e o contiveram, chegando a agredi-lo antes da chegada da polícia. Equipes do 12º Batalhão da Polícia Militar prenderam o suspeito, que precisou ser atendido por médicos antes de ser autuado em flagrante.

O Corpo de Bombeiros enviou oito viaturas, entre unidades de combate às chamas, salvamento, resgate e comando. Cerca de 45 mil litros de água foram utilizados para controlar o incêndio, em uma operação que contou com 26 militares.

Mesmo com a resposta rápida, vários barracos ficaram completamente destruídos, e dezenas de famílias perderam seus pertences. Moradores lamentam a perda da família e a extensão dos danos na área. O caso agora segue sob investigação, enquanto a comunidade tenta se reorganizar após uma das maiores tragédias já registradas no local.

Fonte: Metropoles