A PCRS (Polícia Civil do Rio Grande do Sul) investiga uma creche particular suspeita de dopar crianças entre dois e seis anos em Alvorada, cidade da Região Metropolitana de Porto Alegre (RS). Mais de 20 casos foram registrados, até o momento. A investigação está a cargo da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher.
Conforme a delegada responsável, Carolina Funchal Terres, após registro no Conselho Tutelar, a polícia coletou depoimentos das mães das crianças. Nos relatos, as responsáveis alegam que as suspeitas começaram após uma auxiliar da creche enviar prints de conversas que aconteciam num grupo das professoras.
“Havia mensagens como ‘dei tantas gotinhas, acabaram as gotinhas, tem que comprar’...”, afirma.
Nos depoimentos, as mães ainda disseram que, desde setembro e outubro deste ano, buscavam as crianças na escola e percebiam sintomas como sonolência, sede e fome.
“Também há fotos das crianças dormindo, aparentemente dopadas. Dormiam das 20h30min até às 10h do outro dia”, ressalta a delegada.
Todas as vítimas devem passar por perícias toxicológicas e de lesão corporal. As crianças maiores de 4 anos também serão submetidas à análise psicológica. Entre elas, uma é portadora de Síndrome de Down e outra de Transtorno do Espectro Autista.
Em nota, a prefeitura de Alvorada informou que a Vigilância Sanitária notificou e interditou a escola, que funcionava mesmo com duas ordens anteriores sobre irregularidades na infraestrutura e procedimentos adotados.
O município ainda ressaltou que busca medidas judiciais para reforçar o compromisso com a segurança, bem-estar das crianças e cumprimento da lei.
A CNN Brasil tenta contato com a escola mas ainda não obteve retorno. O espaço está aberto para posicionamentos.
Confira a nota na íntegra:
“A Prefeitura de Alvorada informa que está adotando todas as providências cabíveis no âmbito da gestão municipal em relação ao caso envolvendo a instituição de ensino particular Escola de Educação Infantil Rafa Kids, após denúncias de possíveis procedimentos inadequados.
Nesta terça-feira (16), a Vigilância Sanitária do município retornou ao local e realizou nova notificação e interdição do estabelecimento, que já havia recebido duas ordens anteriores em razão de irregularidades na infraestrutura e nos procedimentos adotados, mas estava funcionando sem autorização dos órgãos competentes.
Diante do descumprimento das determinações legais e da gravidade dos fatos relatados, a Prefeitura de Alvorada informa que adotará as medidas judiciais cabíveis, reforçando seu compromisso com a segurança, o bem-estar das crianças e o cumprimento rigoroso da legislação.”
Fonte: CNN
Karoline
Foto: Reprodução

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