Os três vigilantes presos preventivamente pelo assassinato de um homem em situação de rua em um posto de combustíveis de Curitiba foram novamente indiciados pela Polícia Civil do Paraná (PCPR). Desta vez, eles respondem por duas tentativas de homicídio contra moradores de rua, atacados e torturados no dia 10 de julho, também na capital.
Segundo a investigação, os vigilantes são apontados como autores das agressões contra dois homens, de 29 e 38 anos, que dormiam sob um viaduto no bairro Prado Velho, na região do cruzamento da Avenida Comendador Franco com a Rua Alberto Twardowski.
De acordo com a PCPR, os suspeitos chegaram ao local em um veículo de uma empresa de segurança privada e iniciaram uma série de agressões violentas. As vítimas foram espancadas e golpeadas com faca. Mesmo gravemente feridos, os dois homens sobreviveram após serem socorridos e encaminhados para atendimento hospitalar.
O delegado Ivo Vianna, responsável pelo inquérito, afirmou ao portal Banda B que os depoimentos de uma das vítimas e de uma testemunha foram decisivos para o avanço das investigações. Conforme a polícia, os relatos confirmaram que os autores das agressões são os mesmos vigilantes presos pelo homicídio ocorrido semanas antes no posto.
“Naquela época, a gente estava começando a investigação a respeito desses fatos que envolviam os vigilantes. Cerca de dez dias antes, tinha ocorrido um homicídio dentro de um posto de combustíveis no bairro Rebouças, onde a gente acabou apurando que os autores foram esses três vigilantes”, declarou o delegado Ivo Vianna.
O crime que resultou na prisão preventiva do trio ocorreu na madrugada de 26 de junho, na área externa de um posto de combustíveis no bairro Rebouças. Na ocasião, Elias Andrade Lopes da Silva, de 30 anos, foi agredido por aproximadamente 30 minutos com socos, chutes, barras de ferro, cassetetes e até um martelo.
Toda a sequência de violência foi registrada por câmeras de segurança. A vítima chegou a ser socorrida e levada ao hospital, mas morreu no mesmo dia.
Durante o andamento das investigações sobre o homicídio, a Polícia Civil passou a receber novos relatos de ataques semelhantes atribuídos ao mesmo grupo. Diante disso, foi instaurado um novo inquérito para apurar as agressões ocorridas no Prado Velho, que culminaram no indiciamento por duas tentativas de homicídio.
À época, os vigilantes alegaram que atuavam na segurança de uma operadora de telefonia e disseram estar indignados com furtos recorrentes de fiação, que atribuíram a pessoas em situação de rua.
Fonte: RICTV
Karoline
Foto: Reprodução/Banda B

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