Um bebê de 11 meses luta pela vida após dar entrada em estado gravíssimo no Hospital Infantil Joana de Gusmão. Exames médicos confirmaram que a criança tinha ecstasy (MDMA) e metanfetamina no organismo. O caso terminou com a prisão dos pais e está sendo investigado pela polícia como tentativa de homicídio.
A criança, identificada como Isaac Gabriel Guevara Angulo, chegou ao hospital apresentando convulsões intensas, pupilas dilatadas e rebaixamento do nível de consciência. Pouco depois, sofreu uma parada cardiorrespiratória de aproximadamente 10 minutos, sendo reanimada pela equipe médica da UTI pediátrica. Segundo os profissionais de saúde, o bebê estava em iminente risco de morte no momento do atendimento.
Após a estabilização inicial, exames laboratoriais de sangue e urina apontaram a presença de anfetamina e ecstasy (MDMA) no corpo da criança. A equipe médica destacou que não se tratava de engasgamento nem de mal súbito comum. O prontuário também revelou que Isaac havia deixado de comparecer a consultas médicas previamente agendadas, reforçando a suspeita de negligência reiterada.
O caso veio à tona quando uma guarnição da Polícia Militar, que se deslocava para atender outra ocorrência, ouviu gritos de socorro e encontrou o casal com o bebê no colo. Inicialmente, a mãe afirmou que a criança estaria engasgada. Um dos policiais iniciou a manobra de Heimlich, mas rapidamente percebeu que o bebê estava convulsionando. Diante do risco iminente de morte, os policiais deslocaram imediatamente o bebê até o hospital.
No hospital, profissionais relataram que o pai, Katriel Gabriel Guevara Guevara, estava visivelmente alterado, possivelmente sob efeito de substância psicoativa. Tanto ele quanto a mãe, Zulay Beatriz Angulo Parra, negaram ter oferecido ou administrado qualquer droga ao filho. Apesar das negativas, os laudos médicos, o estado clínico da criança e o histórico de faltas em consultas pesaram na avaliação policial.
Diante dos indícios de autoria e materialidade, os pais receberam voz de prisão em flagrante, enquadrados, em tese, por tentativa de homicídio doloso, além de possíveis crimes de maus-tratos e tráfico de drogas com agravante por envolver criança. O casal possui outros quatro filhos menores, que estavam sob cuidados de terceiros. O Conselho Tutelar foi acionado para adotar medidas de proteção.
O bebê permanece internado sob cuidados intensivos. O quadro ainda inspira atenção, mas os médicos consideram que a intervenção rápida da Polícia Militar e da equipe hospitalar foi decisiva para evitar uma tragédia. A investigação segue em andamento, buscando esclarecer como as drogas chegaram ao organismo da criança e se houve administração direta, exposição indireta ou omissão consciente por parte dos responsáveis.
Fonte: Jornal Razão
Karoline
Foto: Jornal Razão

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