Estado do Paraná registra alta incidência de câncer de pele e ocupa 2ª posição nacional

Caminhos do Campo/RPC

O Paraná está entre os estados com maior número de diagnósticos de câncer de pele do país. É o segundo no Brasil em incidência da doença, ficando atrás apenas de São Paulo.

Em 2025, foram registrados no estado mais de nove mil novos casos de câncer de pele não melanoma – tipo de tumor maligno que se desenvolve nas células que não produzem melanina, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca).

Forte no agronegócio, o Paraná tem uma área de produção sujeita à radiação ultravioleta de grande intensidade.

João Luiz Correia, agricultor em Maringá, no norte do Paraná, teve a doença em 1999. Hoje, ele e a esposa, Clodete Mahnic, redobram os cuidados com o sol na hora de ir para o campo. Todos os dias, o casal veste roupas com proteção ultravioleta, passa protetor solar de longa duração e usa chapéus.

Os dois trabalham sozinhos numa propriedade de 24 hectares que integra produção de soja e frutas. Depois do susto, eles se atentam ao horário de trabalho, evitando o sol forte especialmente neste período do ano.

"Em torno de 6h, 6h15 já estamos na lavoura e ficamos até as 9h30, no máximo 10 horas porque o sol é muito quente depois disso" conta o agricultor.

O cenário reforça a importância da prevenção e do diagnóstico precoce, especialmente no verão, quando o calor e o efeito da radiação são mais fortes.

“Quando a gente pensa em quem trabalha na agricultura, é do tempo na plantação, depois o tempo da colheita, preparo do solo [no sol]. Então, o ideal seria usar um protetor solar muito resistente a água, aplicar de 2 em 2 horas. Um trabalhador “da cidade” que se expõe ao sol também precisa usar. Além disso, usar chapéu, óculos de sol e roupas de barreira” alerta a dermatologista Lauren Morais.

Em caso de algum sintoma, a recomendação é procurar um especialista o mais rápido possível.

“Lembrar de fazer autoexame na pele, verificar qualquer lesão que não cicatriza, que sangra, ou que tá crescendo, isso é sinal de alerta para procurar auxílio médico” reforça a dermatologista.

Fonte: G1