Os Estados Unidos e da China terminaram o primeiro dia de negociações na Suíça sobre a guerra comercial entre os dois países sem sinalizar qualquer progresso em direção à redução das tarifas sobre importações, segundo a Reuters.
As autoridades planejam retomar as negociações neste domingo (11), disse uma fonte próxima às discussões.
O vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng, se reuniu por cerca de oito horas com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e o representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, em Genebra.
Foi o primeiro encontro presencial das autoridades desde que as duas maiores economias do mundo aplicaram tarifas acima de 100% sobre os produtos uma da outra. Ao término da reunião, nenhum dos lados fez qualquer declaração sobre o conteúdo das discussões.
Atualmente, os EUA cobram uma tarifa de 145% sobre todas as importações chinesas, medida que se iniciou no chamado "Dia da Libertação", em que o presidente americano Donald Trump distribuiu tarifas a mais de 180 países. A China, por sua vez, aplicou uma taxa de 125% contra os produtos americanos.
Em sua primeira declaração sobre o encontro, Trump afirmou na quinta-feira (8) que acreditava em uma reunião "amigável" e em negociações "substanciais". Na sexta, acrescentou que tarifas de 80% sobre as importações de produtos chineses "pareciam corretas".
Essa foi a primeira vez que Trump mencionou um número específico ao falar sobre uma possível redução nas tarifas sobre a China. Ele já havia sinalizado em outras ocasiões que desejava uma trégua entre os dois países e uma redução nas taxas aplicadas entre eles.
No início do mês, o Ministério do Comércio da China declarou que estava avaliando uma proposta dos EUA para iniciar conversas sobre a guerra comercial, mas que os EUA precisavam "demonstrar sinceridade" e estarem dispostos a "corrigir suas práticas equivocadas e cancelar as tarifas unilaterais".
Fonte: G1
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