A partir da próxima segunda-feira (4), chegam às farmácias brasileiras as primeiras canetas de liraglutida produzidas integralmente no país. Fabricadas pela EMS as canetas OLIRE (voltada ao tratamento da obesidade) e LIRUX (indicada para diabetes tipo 2) estarão inicialmente disponíveis nas redes Raia, Drogasil, Drogaria São Paulo e Pacheco.
Os medicamentos terão preços a partir de R$ 307,26. Os produtos já foram distribuídos para centros logísticos das farmácias e estarão à venda nos sites e em lojas físicas do Sul e Sudeste, com expansão prevista para outras regiões nas próximas semanas.
Neste primeiro lote, serão disponibilizadas 100 mil canetas de OLIRE e 50 mil de LIRUX. A expectativa da empresa é alcançar 250 mil unidades até o final do ano e dobrar essa produção até agosto de 2026, chegando a 500 mil.
A EMS investiu mais de R$ 1 bilhão na construção da fábrica de peptídeos — a primeira do gênero no Brasil — com capacidade inicial para 20 milhões de canetas por ano. O objetivo é reduzir a dependência de importações e tornar os tratamentos com análogos de GLP-1 mais acessíveis à população.
"A produção nacional desses medicamentos consolida a capacidade do Brasil de desenvolver fármacos de alta complexidade com tecnologia própria", afirmou Carlos Sanchez, presidente da EMS. A empresa projeta gerar até US$ 4 bilhões em receita nos próximos anos, somando mercado interno e exportações.
A liraglutida - mundialmente pelos remédios Saxenda e Victoza- foi uma das primeiras substâncias da classe GLP-1 a apresentar resultados consistentes no controle de peso, glicemia e saúde cardiovascular. Com a nacionalização da produção, o laboratório espera ampliar o acesso da população a terapias modernas, seguras e com qualidade reconhecida por agências internacionais como a FDA.
A EMS também planeja lançar, em 2026, uma versão nacional da semaglutida — princípio ativo do Ozempic — após o vencimento da patente no Brasil.
Fonte: CATVE
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