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A vasectomia é um método contraceptivo definitivo indicado para homens que não desejam ter (ou ter mais) filhos. Nos últimos anos, o interesse por esse procedimento aumentou significativamente no Brasil, especialmente após mudanças na legislação que ampliaram o acesso. O que muitos ainda não sabem é que é possível realizar a vasectomia pelo SUS (Sistema Único de Saúde) de forma totalmente gratuita. Descubra como funciona a vasectomia no SUS, quem pode fazer, quais são os critérios exigidos, os documentos necessários, o tempo de espera, os cuidados após a cirurgia e os direitos garantidos por lei.

A vasectomia é um procedimento cirúrgico simples, rápido e seguro que interrompe o canal deferente — responsável por transportar os espermatozoides dos testículos até o sêmen. Ao cortar ou bloquear esse canal, o homem continua ejaculando normalmente, mas o sêmen não contém espermatozoides, impedindo a fecundação.

É importante destacar que a vasectomia não afeta o desempenho sexual, a produção de hormônios ou a libido. A única diferença perceptível é a ausência de espermatozoides no líquido ejaculado.

Embora exista a possibilidade de reversão por meio de uma cirurgia chamada vasoepididimostomia, ela nem sempre é eficaz. Por isso, os profissionais de saúde classificam a vasectomia como um método permanente de contracepção. A decisão deve ser tomada com responsabilidade e total consciência das consequências.

Segundo a Lei nº 9.263/1996, que regulamenta o planejamento familiar no Brasil, a vasectomia pelo SUS pode ser realizada por:

Homens com 25 anos ou mais

Ou homens com pelo menos dois filhos vivos

Em ambos os casos, é necessária a manifestação expressa da vontade, registrada por escrito

Desde 2022, com a aprovação da Lei 14.443/2022, não é mais necessária a autorização da parceira para que o homem realize o procedimento, o que representa um avanço importante no respeito à autonomia reprodutiva masculina.

Fonte RICTV