Datafolha: 58% dos brasileiros têm vergonha dos ministros do STF; apenas 30% sentem orgulho

Redação g1

Segundo uma pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira (27), 58% dos brasileiros dizem ter vergonha dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), enquanto 30% expressam sentir orgulho do grupo.

O instituto entrevistou 2.004 pessoas, em 136 municípios, entre 10 e 11 de junho. As perguntas seguiam sempre a seguinte estrutura: "você tem mais orgulho do que vergonha ou mais vergonha do que orgulho (de determinada instituição)?". A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Os Três Poderes registraram índices semelhantes:

56% declaram vergonha em relação ao presidente Lula (PT);

58% sentem vergonha pelos deputados atuais;

59% têm vergonha dos senadores.

A percepção (vergonha ou orgulho) dos magistrados do STF é fortemente alinhada à preferência político-partidária dos entrevistados. Veja:


Entre apoiadores declarados de Bolsonaro:

A vergonha em relação ao tribunal atinge 82%.

Apenas 12% se declaram orgulhosos dos ministros.

Entre os que declaram preferência pelo PL:

A taxa de vergonha chega a 91%.

Apenas 5% sentem orgulho.

Entre eleitores do presidente Lula:

Os ministros são motivo de orgulho para a maioria: 52%;

36% dizem ter vergonha;

12% não sabem.

Entre os que preferem o PT:

O orgulho supera a vergonha: 53% contra 36%.

A popularidade dos ministros é inferior entre os evangélicos: 66% dizem ter vergonha dos magistrados. Apenas 22% sentem orgulho.

Entre os católicos, os "envergonhados" caem para 56%, e os "orgulhosos" sobem para 33%.

Percepção sobre as Forças Armadas

A polarização pronunciada entre eleitores do PT e do PL não se repete nos índices relacionados às Forças Armadas. Entre eleitores de Lula, 52% dizem ter orgulho da instituição, e entre eleitores de Bolsonaro, 54%.

Já analisando a aprovação por idade do entrevistado o índice maior de pessoas "orgulhosas" fica na faixa etária de 16 a 24 anos (65%). Já o maior patamar de "envergonhados" atinge o auge entre os que têm de 45 a 60 anos (43%).

Fonte: G1