Falsa biomédica é investigada por causar deformações em rostos e glúteos de pacientes

Foto: Divulgação/Balanço Geral Florianópolis

Suelem Damasceno da Silva está sendo investigada por atuar como uma falsa biomédica e afetar o rosto de ao menos 30 pacientes em São José, Santa Catarina. Até então, quatro mulheres já apresentaram denúncias formais.

O inquérito de investigação contra a mulher foi aberto na última segunda-feira (28). Entretanto, as primeiras denúncias começaram a surgir na última semana. Uma das vítimas, Giezica Müller de 32 anos, precisou passar por quatro procedimentos para tentar reverter um preenchimento nos glúteos realizado por Suelem em março deste ano.

Após a operação com ácido hialurônico, Giezica começou a apresentar uma infecção bacteriana na parte traseira. Ao todo, a técnica em enfermagem já precisou gastar R$ 9 mil em tratamentos para reverter o procedimento malsucedido.

“No primeiro dia [após a operação] eu já tive febre. Depois, a febre foi melhorando, mas o inchaço continuou, com hematomas, horrível”, relatou a paciente. “Essa mulher acabou com a minha autoestima, acabou com tudo.”

Outra mulher que denunciou a falsa biomédica foi Vitória Nogueira, de 19 anos, que fez harmonização facial no nariz, boca e queixo com Suelem. Entretanto, após sete dias, a jovem começou a ficar inchada de maneira fora do comum.

“Fiquei exatamente quatro meses e meio inchada, irreconhecível, com alergia no meu corpo. Fiquei sem assistência alguma, porque ela dizia que o que estava acontecendo comigo era normal e que eu era a primeira a acontecer isso”, contou.

Depois de ir ao hospital, Vitória tentou entrar contato com Suelem para avisar que o procedimento deu errado. Entretanto, a paciente descobriu que havia sido bloqueada pela falsa biomédica no WhatsApp e nas redes sociais.

Falsa biomédica não tinha licença para realizar procedimentos

Nas redes sociais, onde acumula mais de 10 mil seguidores, Suelem se divulgava como biomédica “expert em lábios”. Entretanto, ao ser questionado, o Conselho Regional de Biomedicina de Santa Catarina (CRBM-SC) afirmou que a mulher não tem licença para atuar como biomédica.

De acordo com o delegado Eduardo Ferraz, responsável pela investigação, ao Balanço Geral Florianópolis, é importante que as demais vítimas registrem boletins de ocorrência contra a falsa biomédica. A princípio, Suelem está sendo investigada por exercício ilegal da medicina, estelionato, crimes contra o consumidor e lesões corporais.

Fonte: Ric.com.br