Companheiro é denunciado por feminicídio após morte de mulher

Foto: Jornal Razão

O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) apresentou denúncia contra o companheiro de Lusiane Ribeiro Borges, de 27 anos, pelo crime de feminicídio e ocultação de cadáver. A jovem estava desaparecida desde o dia 31 de julho e foi encontrada morta quase dois meses depois, no rio Correntes, em Santa Cecília.

O corpo foi localizado no dia 20 de setembro, por pescadores, envolto em um cobertor e boiando nas águas do rio. Durante as buscas, equipes utilizaram mergulhadores, cães farejadores e até equipamentos de ondas sonoras, mas sem sucesso até aquele momento.

Investigação e prisão do suspeito

O homem, que era companheiro da vítima, foi preso preventivamente em 5 de agosto, após a polícia encontrar vestígios de sangue dentro da casa, do carro e nas roupas dele. Em depoimento, o suspeito alegou que o sangue seria resultado de uma relação sexual durante o período menstrual da jovem — versão que não convenceu os investigadores.

O promotor de Justiça Murilo Rodrigues da Rosa, responsável pela denúncia, afirma que o acusado deve ser levado a julgamento pelo Tribunal do Júri, sendo avaliado por cidadãos da própria comunidade. Segundo o Ministério Público, há fortes indícios de que o crime foi cometido mediante asfixia, o que pode agravar a pena conforme a legislação brasileira.

“A Polícia Civil vem realizando um trabalho exemplar, e o Ministério Público não medirá esforços para garantir que esse feminicídio vá a julgamento”, destacou o promotor.

Relembre o caso

Lusiane foi vista pela última vez ao retornar do trabalho, por volta das 18h30 de 31 de julho. Em casa, familiares encontraram todos os pertences da jovem, exceto o celular, o que levantou suspeitas sobre o desaparecimento.

De acordo com o inquérito, o acusado teria tirado a vida da companheira ainda naquela noite, motivado por conflitos no relacionamento. No dia seguinte, ele teria transportado o corpo no porta-malas até a localidade de Frascaman, onde amarrou pedras nos pés da vítima antes de lançá-la no rio Correntes.

O laudo cadavérico confirmou que a morte ocorreu por asfixia, o que reforça o caráter de feminicídio. Agora, com a denúncia apresentada, o caso segue para análise judicial, e o acusado poderá responder em júri popular pelos crimes.

Fonte: Jornal Razão