A Polícia Penal do Paraná (PPPR) concluiu mais uma turma do programa de qualificação voltado às mulheres privadas de liberdade na Cadeia Pública Feminina de Alto Paraná. Na última terça-feira (28), nove custodiadas receberam certificação no Curso Livre de Qualificação Profissional de Estudo Bíblico, realizado entre os dias 9 de abril e 25 de junho, com carga horária total de 74 horas.
A capacitação foi viabilizada por meio de uma parceria entre PPPR, as Faculdades FAN e a Igreja Universal do Reino de Deus, por meio do Projeto Universal nos Presídios (UNP). Ao todo, o projeto já formou 32 pessoas privadas de liberdade na unidade.
A cerimônia de encerramento foi marcada por momentos de emoção e satisfação, tanto por parte das custodiadas quanto das equipes de voluntários da UNP e dos servidores da unidade. Para algumas internas, foi a primeira vez que vestiram a beca e receberam um certificado de conclusão de curso, simbolizando um passo importante rumo à reintegração social.
O curso abordou temas de relevância espiritual como reconhecimento, batismo nas águas, perdão, entre outros. A oferta de cursos profissionalizantes e de atividades de assistência, incluindo o estudo bíblico, dentro do sistema prisional, é uma ferramenta essencial no processo de reinserção social, preparando a pessoa privada de liberdade para a vida fora da criminalidade. Além de contribuir para o desenvolvimento pessoal e espiritual, a participação nessas atividades possibilita a remição de pena, incentivando o engajamento, a dedicação e a boa conduta.
O coordenador regional da PPPR em Maringá, Júlio César Vicente Franco, destacou a importância da iniciativa: “Projetos como este mostram o compromisso da Polícia Penal com a transformação e a valorização da pessoa privada de liberdade. O conhecimento e a espiritualidade são caminhos complementares que fortalecem o processo de mudança e ampliam as oportunidades de reinserção social. Cada certificação representa uma vitória individual e coletiva, fruto do empenho de toda a equipe envolvida”, disse.
A gestora da unidade, Sandreli Ortiz Frasson, reforçou o impacto positivo da ação. “O resgate pleno da pessoa privada de liberdade depende de uma abordagem integral. A capacitação profissional fornece as ferramentas práticas para a subsistência no mundo exterior, enquanto a assistência religiosa e o estudo trabalham a dimensão interior e a motivação para a mudança. Juntas, essas iniciativas aumentam significativamente as chances de devolver à sociedade um cidadão capacitado e transformado”, afirmou.
Já o responsável pela UNP na região de Maringá, Pastor Fernando do Nascimento, ressaltou o empenho das participantes. “Pudemos ver de perto a evolução, o empenho e a dedicação de cada uma delas, e isso encheu nossos corações de alegria. Ver a satisfação no rosto dessas mulheres é algo incomparável e gratificante”, completou.
Fonte: CGN
Fonte: CGN

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