Operação prende cinco suspeitos por comércio ilegal de agrotóxicos no Paraná

Imagem ilustrativa. Foto: Pixabay. Leia mais em https://www.tribunapr.com.br/noticias/parana/quadrilha-do-veneno-cinco-presos-por-venda-ilegal-de-agrotoxicos-no-parana/ Copyright © 2025, Tribuna do Paraná. Todos os direitos reservados.

Cinco pessoas foram denunciadas criminalmente pelo Ministério Público do Paraná em Cascavel por formarem uma organização criminosa especializada na comercialização de defensivos agrícolas roubados e falsificados. A denúncia foi apresentada nesta terça-feira (14/10) pelos Núcleos de Cascavel do Gaeco e do Gaema, após investigações da “Operação Deméter“, que teve início em novembro do ano passado.

As apurações revelaram que o grupo atuava de forma estruturada desde o final de 2023, com divisão clara de tarefas e um objetivo comum: obter vantagens financeiras por meios ilícitos. Os envolvidos foram denunciados por uma série de crimes, incluindo receptação qualificada, falsidade ideológica, produção e comercialização irregular de agrotóxicos, além de crimes ambientais

De acordo com o Ministério Público, a organização tinha um líder bem definido, que usava sua própria empresa de insumos agropecuários em Cascavel como fachada para coordenar toda a logística do esquema criminoso. O negócio ilícito era complexo: primeiro, obtinham defensivos de origem ilícita (roubados, adulterados ou falsificados); depois, faziam a adulteração dos produtos; em seguida, armazenavam tudo clandestinamente; por fim, transportavam e comercializavam em outros estados usando notas  fiscais “frias” emitidas por empresas fantasmas.

O mais preocupante é que alguns desses agrotóxicos adulterados eram vendidos até mesmo em estados onde seu uso era proibido por lei.

Na denúncia, o Ministério Público destacou o perigo que essas práticas representam: “a exposição da agricultura e da população a produtos químicos sem controle, com princípios ativos manipulados artesanalmente, viola o sentimento coletivo de segurança e confiança, além de atentar contra a segurança alimentar e a integridade dos ecossistemas”.

Além da condenação criminal dos envolvidos, o MPPR está pedindo que os denunciados paguem uma indenização mínima pelos danos morais coletivos causados à sociedade e ao meio ambiente.

Fonte: Tribuna