A Justiça de Cascavel negou o pedido de habeas corpus feito pela defesa de duas pessoas investigadas por suspeita de lavagem de dinheiro. O caso se refere a uma abordagem realizada por policiais rodoviários federais em abril de 2021, quando foram encontrados R$ 1.260.000,00 em espécie dentro de um carro. Os suspeitos não souberam explicar a origem do dinheiro.
O habeas corpus foi apresentado com o objetivo de anular a busca veicular e invalidar todas as provas obtidas a partir dela. A defesa também queria o trancamento do inquérito policial que apura o caso.
No entanto, a Justiça entendeu que o pedido não era adequado para esse tipo de análise, já que o habeas corpus é uma medida usada apenas em casos de ameaça clara à liberdade, o que não se aplicava aos investigados, pois não há prisão ou medida cautelar contra eles.
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Segundo o Ministério Público, o motorista demonstrou nervosismo excessivo e apresentou justificativas inconsistentes durante a abordagem, o que levantou suspeitas dos agentes. Além do dinheiro, dois celulares foram apreendidos e ainda estão sob análise pericial.
O juiz responsável pelo caso, William da Costa, destacou que a jurisprudência permite buscas quando há elementos objetivos, como nervosismo aliado a explicações evasivas, que justifiquem a medida. Para ele, o contexto da abordagem afastou a possibilidade de abuso policial.
Investigação continua
A decisão ressalta que o inquérito ainda está em andamento, com diligências em curso e indícios considerados robustos de crime. Assim, não foi identificada ilegalidade na conduta dos policiais, e o processo investigativo segue normalmente.
Fonte: CGN
Foto: CGN

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