A audiência de instrução no processo que apura a morte da jovem miss Raíssa Suellen Ferreira da Silva, de 23 anos, terminou na noite desta sexta-feira (31), sem definição. Esperava-se que a sessão no Fórum de Execuções Penais de Curitiba fosse definir se o humorista Marcelo Alves dos Santos e o filho Dhony de Assis iriam ou não a júri popular pelo crime. Os réus e testemunhas foram ouvidos durante a audiência. O caso Raíssa repercutiu em todo o país.
Conforme o advogado da família da Raíssa, Leonardo Mestre, foi aberto um prazo para a manifestação do Ministério Público do Paraná.
“Foi aberto prazo para manifestação do Ministério Público, em seguida para a assistência de acusação e, por fim, para a defesa. Após essas manifestações, o juiz decidirá se os réus serão ou não pronunciados. Nossa expectativa é que essa decisão ocorra ainda neste ano”, disse em nota.
Já o Dr. Flavio Gruba, advogado dos acusados, afirmou que espera que Marcelo seja pronunciado pelo crime de homicídio.
“Hoje finalizou a instrução do caso Raíssa. A defesa espera que o Marcelo seja pronunciado pelo crime de homicídio e não feminicídio como veio descrito na denúncia. Ambos responderão pelos crimes de ocultação de cadáver e fraude processual qualificada. Tudo o que está produzido desde o início do inquérito policial vem se confirmando com a versão da defesa, e hoje não foi diferente durante a audiência”, explicou.
Filho de humorista chegou acompanhado de advogado
Assis é acusado de ocultação de cadáver e fraude processual qualificada, de acordo com o Ministério Público do Paraná (MPPR). O rapaz chegou acompanhado do advogado, mas não quis falar com a imprensa. Ele está respondendo o processo em liberdade.
Já o humorista está preso e também deve comparecer na audiência de instrução no processo que apura a morte de Raíssa Suellen. Nessa fase, o juíz ouve todas as testemunhas de acusação e defesa, além dos acusados.
Marcelo responde por feminicídio, fraude processual qualificada e ocultação de cadáver.
Caso Raíssa: relembre a morte
De acordo com as informações apuradas pela repórter Beatriz Frehner da Ric RECORD, Raissa da Bahia veio para Curitiba com a ajuda de Marcelo. Ele teria levado a menina para morar em sua casa no bairro Ganchinho. A jovem ficou um tempo no local, mas a menina resolveu sair e procurar um novo lar.
Além disso, a reportagem apurou com pessoas próximas à menina que houve desentendimentos e ciúmes por parte da namorada do filho do comediante. Raissa conseguiu alugar um novo apartamento e foi morar com algumas amigas.
As amigas alegaram que a Raissa recebeu uma proposta para trabalhar em Sorocaba, no interior de São Paulo. Para as amigas, a jovem confessou que a proposta foi feita por Marcelo.
Assim como Raissa Suellen, o humorista também é de Pedro Afonso (BA), mas estava na capital do Paraná há pelo menos 10 anos. Para a jovem, o comediante era um homem confiável.
Segundo a Polícia Civil, a localização do corpo só foi possível após o próprio investigado indicar o local onde havia enterrado a vítima. Ele compareceu espontaneamente à delegacia, acompanhado do advogado Caio Percival, que afirmou, em entrevista ao Balanço Geral Curitiba, da RICtv, que seu cliente quis colaborar com as investigações.
Conforme a delegada Aline Manzatto, da PCPR, o humorista disse que estrangulou Raíssa com um objeto conhecido como “enforca gato”. Depois disso, ele enrolou o corpo da moça em uma lona e ligou para o filho.
O comediante ainda disse que o rapaz ficou desesperado, tentando convencer o pai a se entregar. Posteriormente, o humorista colocou o corpo de Raíssa no carro e o teria deixado em algum lugar em Araucária.
Fonte: RICTV
Foto: reprodução / Ric RECORD

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